Reflexão após a renúncia do Papa


Esta reflexão foi inspirada a partir de um programa de tv e dedico aos colegas teólogos e líderes eclesiásticos, sejam protestantes ou católicos:

Assistia eu o programa “Painel” da Globonews em que Willian Waack, repórter, entrevistava três especialistas em ciências da religião. O assunto era, como não poderia deixar de ser, a renúncia do Papa Bento XI. Dentre várias análises e opiniões  dos filósofos/teólogos, uma citação final do programa de um deles me chamou a atenção e levou-me à reflexão.

O cidadão lá, que eu não pude guardar o nome na memória, citou, segundo ele, um agnóstico que disse: “a igreja dever ser verdadeiramente divina, pois se não fosse, os homens já teriam acabado com ela”.
Entendi claramente o recado, ou seja, as disputas internas, vaidades e ambições pessoais, etc. são a principal causa da derrocada e do atraso, não só do ambiente eclesiástico, mas de qualquer organização, instituição e até da família, célula mater da sociedade.

Ao mesmo tempo, entretanto, lembrei-me também das palavras do Senhor Jesus, ao decretar que “as portas do inferno não prevaleceriam contra a igreja do Deus vivo”, ao referir-se que sobre Ele (Jesus – a verdadeira Pedra) edificaria (construiria) a sua igreja e, portanto, o inferno não poderá destruí-la. Isso é fato, é uma verdade imutável e, independentemente de homens ou de sistemas religiosos, a Igreja jamais será aniquilada, pois homens e suas vontades mesquinhas desaparecem, instituições acabam, os céus e a terra passam, mas as palavras de Jesus jamais passarão.

Então o agnóstico teve certa razão, embora fizesse a sua declaração com a ausência do entendimento do que significa o poder espiritual conferido por Deus à sua Igreja (nota que agora escrevo Igreja em maiúsculo?), posto que conseguia enxergar apenas os erros e pecados dos líderes religiosos.

Segue, então, que a Igreja não é uma organização e, sim, um organismo vivo e ente espiritual, dotada de dons e ferramentas para a transformação do indivíduo pecador e depravado em filho amado de Deus, conforme podemos compreender dos textos bíblicos, inspirados pelo Espírito Santo aos nossos Apóstolos Paulo e Pedro:

“eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra (Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.) edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.” Mateus 16:18

“Porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo.” 1 Corintios 3:11.

“Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina;” Efésios 2:20.

“E, chegando-vos para ele, pedra viva, reprovada, na verdade, pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa, Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo.”  1 Pedro 2:4-5.

Forte abraço,
Pr. Eliézer Rocha de Abreu