Olavo Bilac e o anúncio


O dono de um pequeno comércio, amigo do grande poeta Olavo Bilac, abordou-o na rua: Sr. Bilac, estou precisando vender o meu sítio, que o senhor tão bem conhece. Será que o senhor poderia redigir o anúncio para o jornal?

Olavo Bilac apanhou o papel e escreveu
: "Vende-se encantadora propriedade, onde cantam os pássaros ao amanhecer no extenso arvoredo, cortada por cristalinas e marejantes águas de um ribeirão. A casa banhada pelo sol nascente, oferece a sombra tranqüila das tardes, na varanda".

Meses depois, topa o poeta com o homem e pergunta-lhe se havia vendido o sítio.
Nem penso mais nisso, - disse o homem - quando li o anúncio é que percebi a maravilha que tinha!

Às vezes, não descobrimos as coisas boas que temos conosco e vamos longe atrás de miragens e falsos tesouros.


Valorize o que você tem, a pessoa que está ao seu lado, os amigos que estão perto de você, o emprego que Deus lhe deu, o conhecimento que você adquiriu, a sua saúde, o sorriso, enfim tudo aquilo que nosso Deus nos proporciona diariamente para o nosso crescimento espiritual.


Autor desconhecido (extraído da Internet).

"Convença-se a si mesmo"



"O maior erro que podemos cometer na nossa vida é o de acreditar que trabalhamos para os outros, e não para nós mesmos."
Brian Tracy

Sucesso e realizações exigem muito trabalho, compromisso, disciplina e sacrifício. Para alcançar seus alvos você tem que estar disposto a investir tempo e energia nesses elementos vitais - dia após dia, ano após ano. Antes, porém, que você alcance seu alvo é necessário que você se convença a si mesmo de que vale a pena o esforço.


Se você está apenas um terço ou metade envolvido na busca da realização, saiba que ela nunca irá acontecer. Portanto, é absolutamente necessário compreender que a primeira pessoa a se “inscrever” tem de ser você.

Convença-se de verdade a si mesmo do valor da sua causa. Ao fazer isso você estará criando uma poderosa ferramenta que o impedirá de desistir quando as dificuldades chegarem.
Alvos que não envolvem um coração completamente comprometido raramente são alcançados.

Quais são seus alvos? Quais as possibilidades à sua frente? Já nem se lembra? Busque-os. Peça ajuda a Deus. Isso porque, quando você se convencer a si mesmo, mais da metade do projeto já estará conquistado.


Nélio DaSilva


Para Meditação:
"Faze-me, Senhor, conhecer os teus caminhos, ensina-me as tuas veredas. Guia-me na tua verdade e ensina-me, pois tu és o Deus da minha salvação, em quem eu espero todo dia."
Salmos 25:4,5


Do site: www.encorajamento.com

"Quem sou eu?"


Poema do meu filhão, Gustavo, feito em aula de produção de texto.
Eu não sou um pai coruja, rsrsrs.

QUEM SOU EU?
Eu sou eu?
Quem eu sou?
Sou quem?
Quem sou?

Porque estou em lugares?
Porque eu estou aqui?

Tudo isso acontece em passos.
Nascer,
Viver e
Morrer.

Para muitos morrer é ruim
Mas para mim morrer não é nada.

Ontem eu podia até estar um pouco triste.
Mas hoje eu tenho certeza que estarei feliz.
Amanha?
Estarei muito mais feliz.
A cada dia que passa, eu vou ficando mais feliz,
E também vou mudando.

Na vida ocorrem várias mudanças.
A maioria por fora.
Por dentro muda pouco.
Dependendo dos casos que ocorrem durante a vida.

Quem sou eu?
Pode deixar já descobri.

Sou Gustavo,
Tenho dez anos e
Tenho minha família
Eu sou eu mesmo.

Pastores louvam a Deus pouco antes de morrerem



Dois pastores evangélicos e um motociclista morreram num acidente envolvendo sete veículos, na manhã de ontem (24/02/2010), na Rodovia do Contorno, trecho da BR 101 que liga Serra a Cariacica na região metropolitana de Vitória, no Espirito Santo.

Os religiosos pertenciam à Igreja Assembleia de Deus e haviam saído de Alegre, município da Região Sul do Estado, rumo a uma convenção estadual da igreja em Nova Carapina II, na Serra.

Os veículos - cinco caminhões, uma moto e um automóvel Del Rey - bateram um atrás do outro. O engavetamento aconteceu às 8h15, no quilômetro 277, na Serra. Os pastores estavam no carro.

Tudo começou quando um caminhão freou por causa do intenso fluxo de carros no sentido Cariacica - Serra. Os veículos que vinham atrás dele frearam também, mas o último caminhão - de uma empresa de cerveja - não conseguiu parar a tempo. Com isso, os veículos que estavam à frente foram imprensados uns contra os outros.

Os pastores José Valadão de Souza e Nelson Palmeira dos Santos e o motociclista Jonas Pereira da Silva, 52 anos, morreram no local. Dois outros pastores, que também estavam no Del Rey, sobreviveram, e o motorista de um dos caminhões sofreu arranhões nas pernas. Nenhum dos outros caminhoneiros ficou ferido.

O proprietário e condutor do Del Rey é o pastor Dimas Cypriano, 61 anos, do município de Alegre. Ele saiu ileso do acidente e teve ajuda do motorista José Carlos Roberto, carona de um dos caminhões, para sair do veículo.

Seu amigo de infância, o pastor Benedito Bispo, 72, ficou preso às ferragens. Socorristas do Serviço Médico de Atendimento de Urgência (Samu) e bombeiros fizeram o resgate dele. O pastor teve politraumatismo e foi levado para o Hospital Dório Silva, na Serra.

A mulher de Benedito chegou a ver o marido sendo socorrido e teve que ser amparada por um familiar. Ela também seguia para a convenção num outro veículo. A rodovia ficou interditada durante vários momentos da manhã de ontem nos dois sentidos. O trecho só foi totalmente liberado no início da tarde.

O pastor Dimas Cypriano, que sobreviveu ileso ao acidente na manhã de ontem, no Contorno, contou que usava cinto de segurança e que ficou preso ao tentar sair. Ele dirigia o Del Rey e disse que precisou de ajuda para sair do carro. Mas depois continuou no local, acompanhando os trabalhos de resgate do colega, Benedito Bispo. Nas mãos, levava uma Bíblia que ficou suja de sangue. Mas isso não impediu que o pastor orasse durante o socorro.

O mais comovente do triste episódio, foi o relato dado pelos dois pastores sobreviventes, populares e pelos bombeiros que tentavam tirar os pastores, ainda com vida, presos às ferragens.

As testemunhas citadas, contam que os pastores Nelson Palmeiras e João Valadão, presos nas ferragens, em meio a um mar de sangue que os envolvia, começaram a cantar o Hino 187 da harpa cristã:



"Mais perto quero estar meu Deus de ti! Ainda que seja a dor que me una a ti,
Sempre hei de suplicar mais perto quero estar meu Deus de ti!

Andando triste aqui na solidão paz e descanso aA mim teus braços dão
Nas trevas vou sonhar mais perto quero estar meu Deus de ti!

Minh'alma cantará a ti Senhor! E em Betel alçará padrão de amor,
Eu sempre hei de rogar mais perto quero estar meu Deus de ti!

E quando Cristo, enfim, me vier chamar, nos céus, com serafins irei morar
Então me alegrarei perto de ti, meu Rei, meu Rei, meu Deus de ti!"


Aos poucos suas vozes foram se silenciando para sempre.

As lágrimas tomaram conta dos bombeiros, acostumados a resgatar pessoas em acidentes graves, porem jamais viram alguem morrer cantando um hino; como foi o caso dos pastores Nelson Palmeiras e João Valadão.

Acostumar-se

Clarice Lispector

"Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.
A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e
a não ter outra vista que não as janelas ao redor.
E porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora.
E porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas.
E porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender cedo a luz.
E à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.
A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora.
A tomar o café correndo porque está atrasado.
A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem.
A comer sanduíche porque não dá para almoçar.
A sair do trabalho porque já é noite.
A cochilar no ônibus porque está cansado.
A deitar cedo, e dormir pesado sem ter vivido o dia.
A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir.
A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta.
A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.
A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita.
E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar.

E a pagar mais do que as coisas valem.
E, a saber, que cada vez pagará mais.
E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro,
para ter com que pagar nas filas em que se cobra.
A gente se acostuma à poluição.
Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro.
À luz artificial de ligeiro tremor.
Ao choque que os olhos levam na luz natural.
Às bactérias de água potável.
A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer.
Em doses pequenas, tentando não perceber,
vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá.
Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo.
Se o cinema está cheio, a gente se senta na primeira fila
e torce um pouco o pescoço.
Se o trabalho está duro a gente se consola pensando no fim de semana.
E se com a pessoa que a gente ama, à noite ou no fim de semana
não há muito o que fazer, a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito
porque tem sempre sono atrasado.
A gente se acostuma para não ralar na aspereza, para preservar a pele.
Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para poupar o peito.
A gente se acostuma para poupar a vida.
Que aos poucos se gasta e se gasta de tanto se acostumar,
e se perde em si mesma."

Se eu fosse mais velho


"Não estou com pressa de envelhecer. Meu pai padece há anos de uma doença que lhe deixou senil e caquético. A velhice me intimida. Sei que na terceira idade não só perderei a impetuosidade típica dos jovens, como me tornarei mais vulnerável às doenças degenerativas. Mesmo assim espero pelos meus dias de ancião, porque só os velhos podem dizer coisas proibidas aos jovens. Estou ansioso para que chegue o tempo de poder dizê-las.

"SE EU FOSSE MAIS VELHO...
Eu diria aos mais jovens que desistam do sonho de galgarem a fama em nome de Deus. Contaria que já presenciei o desespero de alguns, almejando se destacarem como referenciais de sua geração para depois descerem do trem fatigados e destruídos pelo ônus da fama. Descreveria os bastidores da algumas "grandes" agências evangelísticas e de outras para-eclesiásticas e como me enojei com a petulância de alguns evangelistas famosos. Falaria de minhas lágrimas, quando um deles afirmou que passaria por cima de qualquer pessoa desde que conseguisse estabelecer o que chamou de "reino de Deus". Incentivaria os jovens a buscarem uma vida discreta sem o glamour do mundo, que preferissem a senda do Calvário. Pediria que optassem por beber o cálice do Senhor a desejarem os loiros da glória humana.

SE EU FOSSE MAIS VELHO...
Eu diria aos mais jovens que ambicionam subir os degraus denominacionais, que eles perigam chegar no topo sem alma. Narraria os conchavos da política eclesiástica como ridículos e fúteis. Candidamente, contaria casos de traição, logro e delação nas reuniões secretas de algumas cúpulas religiosas. Pediria para fugirem da ganância pela autoridade institucional. Ensinaria a desejarem autoridade espiritual; que não vem de negociatas, mas de uma vida piedosa e íntima com Deus.

SE EU FOSSE MAIS VELHO...
Diria aos mais jovens que não se iludissem com o academicismo. Eu lhes revelaria como alguns acadêmicos usam da sua erudição para se esconderem de Deus. Não teria medo de mostrar que muita bibliografia citada em rodapés, vem da uma vaidade boba. Algumas pessoas buscam se mostrar mais cultas do que na verdade são. Diria que certos eruditos são pessoas insuportáveis no contacto pessoal e que eles também padecem dos mesmos males que todos nós: intolerância, indiferença e muita; muita soberba. Contudo, eu lhes pediria para serem amigos dos livros. Pediria que lessem muito e diversificadamente; que usassem o conselho de Tiago na busca da sabedoria: "Quem dentre vós é sábio e entendido? Mostre em mansidão de sabedoria, mediante condigno proceder, as suas obras. A Sabedoria, porém, lá do alto, é primeiramente pura; depois pacífica, indulgente, tratável, plena de misericórdia e de bons frutos, imparcial, sem fingimento". (Tg 3.13,17).

SE EU FOSSE MAIS VELHO...
Eu diria aos mais jovens que tomassem muito cuidado para não gastarem todas as suas energias nos primeiros anos de ministério. Exortaria, ilustrando o serviço a Deus como uma maratona e que não adianta se apressar nos primeiros anos. Relataria os exemplos de tantos que se arrebentaram antes da linha de chegada. Quantos pastores destruíram suas famílias e filhos no afã de serem úteis e produtivos! Quando chegaram os anos da meia idade, já se encontravam estressados e cansados! Falaria daquele dia em que o meu semblante descaiu ao ouvir um pastor dizer que só não saía do ministério porque, já muito velho, não sabia como retornar ao mercado de trabalho. Pediria que não perdessem a oportunidade de passear com os filhos no parque, de lerem livros que não fossem úteis ao ministério, de curtirem a sua mulher e de praticarem algum esporte. Eu lhes pregaria um sermão baseado em Mateus 16.26 e explicaria que, para Jesus, perder a alma tem um sentido mais amplo do que simplesmente morrer e ir para o inferno. Basearia minha mensagem na afirmação de que é possível, pastor ou evangelista, ganhar o mundo inteiro e acabar perdendo os afetos do cônjuge, os sentimentos dos filhos e dos amigos, a auto-estima, o sorriso, a capacidade de amar poesia e de cantar canções de ninar. Enfim, perder a alma!

SE EU FOSSE MAIS VELHO...
Eu diria aos mais jovens que não desejassem o espalhafato espiritual e as demonstrações exuberantes do poder carismático. Revelaria que alguns desses evangelistas americanos, que muitos acreditam super ungidos, passam a tarde na piscina do hotel em que se hospedam, antes de encenarem a sua super espiritualidade em mega eventos. Não temeria denunciar alguns que se trancam nos seus aposentos, assistindo filmes na televisão e logo depois subirem às plataformas com o ar de santos da última hora. Não hesitaria alardear, que muito daquilo que se rotula como demonstração de poder espiritual, nasce de uma mentalidade que busca levar as pessoas a uma falsa euforia religiosa.

SE EU FOSSE MAIS VELHO...
Eu diria aos mais jovens que a sexualidade é terreno minado e cheio de armadilhas. Contaria tantos exemplos de ministérios que ruíram pela sensualidade. Alertaria que o grande perigo do sexo não vem da beleza, mas da solidão e do poder. Tantos pastores naufragaram em adultério porque se sentiram sós. Não possuíam amigos verdadeiros. Viviam rodeados de assessores, sem um amigo com quem pudessem abrir o coração e pedir ajuda. Incentivaria a desenvolverem amizades, preferivelmente fora de seus quintais denominacionais. Suplicaria que fizessem amigos com coragem de falar coisas duras, olhando nos olhos. Lembraria que são fiéis as feridas feitas por aquele que ama.

SE EU FOSSE MAIS VELHO...
Eu diria aos mais jovens que tomassem cuidado com os modismos teológicos, ventos de doutrina e novidades eclesiásticas. Falaria das inúmeras ondas que varreram as igrejas com pretensas visitações de Deus. Vermelho de vergonha, lembraria aquele culto em que se alardeou que Deus estava trocando as obturações por ouro. As pessoas se sujeitando ao ridículo de investigarem a boca uns dos outros e depois, ao confundirem as restaurações amareladas de material de baixa qualidade, com ouro, saírem proclamando um milagre de Deus. Relataria a pobreza doutrinária daqueles que jogaram os evangélicos na paranóia da guerra espiritual. Ensinaram as mulheres a vigiarem mais durante a menstruação, porque há demônios que se alimentam daquele tipo de sangue. Imploraria que se mantivessem fiéis ao leito principal do Evangelho, à Doutrina dos Apóstolos; que não deixassem de pregar a Cruz do Calvário.

SE EU FOSSE MAIS VELHO...
Eu diria aos jovens para não procurarem imitar ninguém. Lamentaria a tentativa patética de alguns líderes de quererem ser clones de pastores e evangelistas de renome. Mostraria vários exemplos ridículos de igrejas que tentaram reproduzir no sofrido Brasil, o modelo de igrejas abastadas dos subúrbios americanos. Admoestaria que soubessem aceitar-se. Pediria para não ficarem procurando repetir gestos, neologismos, tom de voz e maneirismos dos outros, pois acabarão sem identidade. Eu mostraria na Bíblia que Deus não nos cobrará por não ensinarmos com a destreza de Paulo, nos portarmos com a ousadia de Pedro, ou escrevermos com o mesmo amor de João. Deus nos pedirá contas apenas por não termos vivido nossa própria identidade.

SE EU FOSSE MAIS VELHO...
Diria aos jovens que a obra que Deus tem para fazer em nós é muito maior que aquela que ele tem para fazer através de nós. Diria que somos preciosos como filhos e não como servos. Melancolicamente falaria que na velhice, muitos sentem saudade dos tempos que poderiam ter sido íntimos de Deus, mas acabaram chafurdados nos pântanos de sua própria vaidade. Diria que na velhice muitos choram por saberem que o tempo da partida está próximo e não escolheram a melhor parte, como fez Maria. Eu deveria esperar para dizer essas coisas quando estivesse mais velho. Por impetuosidade acabei dizendo antes do tempo. Contudo, acredito que não me arrependerei de tê-las dito agora.


GONDIM, Ricardo. Se eu fosse mais velho. Ultimato, Viçosa, ano 35, n. 279, p. 42-43, nov. - dez. 2002

"Onde estaria eu?"


ONDE ESTARIA EU? Canção composta por Stênio Marcius)

Lá vem um homem
Saiu de um beco
Desceu a rua
Cruzou a praça
Em direção ao templo vai, ai meu Deus!
Traz um chicote nos ombros
Trançado por suas mãos
Lá vem um Deus
Vem decidido
Indignado
Zêlo incontido
Quem ousaria então cruzar seu caminho
Vai começar o juízo
E é pela casa de Deus
Voa cadeira, voa barraca,voa mesa e moeda
Passa boiada, passam ovelhas e os devotos da barganha
Corre quem vende, corre quem compra, corre quem intermedia
Mas o que foi alí orar permaneceu
Mas e eu, sinceramente onde estaria eu,
Ajoelhado e contrito ou correndo com medo de Deus?

Milagre editorial

“Se um autor vindo de uma província perdida no meio de um continente desconhecido chegasse a um editor com um manuscrito escrito em uma língua misteriosa e anunciasse que a sua obra seria traduzida em milhares de idiomas e dialetos; seria lida durante dois milênios por centenas de milhões de leitores de todas as nações da Terra; inspiraria três religiões universais: o judaísmo, o cristianismo e o Islamismo além de milhares de confissões e seitas; dissesse que sua obra provocaria revoluções e guerras, e ao mesmo tempo suscitaria com semelhante intensidade, entregas místicas e heroísmos nunca vistos; que sua obra, dois ou três milênios depois de escrita, continuaria a ser vendida em todo o mercado editorial do mundo com edições de milhões de exemplares por ano (a Sociedade Bíblica do Brasil imprime 6.000.000 de Bíblias por ano); dissesse que uma enorme parte da humanidade veria nela o último recurso e uma fonte de salvação e esperança; dissesse ainda que sua obra fora escrita por Deus através de quarenta autores diferentes, que não necessariamente foram contemporâneos entre si porque conviveram ou escreveram o texto num período aproximado de 1.500 anos, e que a sua obra é uma compilação de 66 livros... e dissesse: -Este é um livro que eu quero que você imprima e venda. Você já pode imaginar que este desconhecido com um manuscrito na mão seria considerado um louco. Se um milagre é o que torna real o impossível, estamos diante de um milagre no campo da comunicação universal”

André charak - Linguísta

Maluquices do H

MALUQUICES DO H (por Pedro Bandeira)

O H é letra incrível,
muda tudo de repente.
Onde ele se intromete
tudo fica diferente...

Se você vem para cá,
vamos juntos tomar chá.

Se o sono aparece,
tem um sonho e adormece.

Se sai galo do poleiro
pousa no galho ligeiro.

Se a velha quiser ler,
vai a vela acender.

Se na fila está a avó,
vira filha veja só!

Se da bolha ele escapar,
uma bola vai virar.

Se o bicho perde o H,
com um bico vai ficar.

Hora escrita sem H
ora bolas vai virar.

Era uma igreja muito engraçada...

...não tinha teto, não tinha nada.

Essa noite, eu tive um sonho de sonhador, sonhei com uma igreja esquisita. Ela não tinha muros, piso, púlpito, bancos ou aparelhagem de som. A igreja era só as pessoas. E as pessoas não tinham títulos ou cargos, ninguém era chamado de líder, pois a igreja tinha só um líder, o Messias. Ninguém era chamado de mestre, pois todos eram membros da mesma família e tinham só um Mestre. Tampouco alguém era chamado de pastor, apóstolo, bispo, diácono ou Irmão. Todos eram conhecidos pelos nomes, Maria, Pedro, Afonso, Julia, Ricardo...

Todos os que criam pensavam e sentiam do mesmo modo. Não que não houvesse ênfases diferentes, pois Paulo dizia: “Vocês são salvos por meio da fé. Isso não vem das obras, para que ninguém se glorie”, enquanto Tiago dizia: “A pessoa é aceita por Deus por meio das suas obras e não somente pela fé”. Mas, mesmo assim, havia amor, entendimento e compreensão entre as pessoas e suas muitas ênfases.

Não havia teólogos nem cursos bíblicos, nem era necessário que ninguém ensinasse, pois o Espírito ensinava a todos e cada um compartilhava o que aprendia com o restante. E foi dessa forma que o Agenor, advogado, aprendeu mais sobre amor e perdão com Dinorá, faxineira.


Não havia gente rica em meio a igreja, pois ninguém possuía nada. Todos repartiam uns com os outros as coisas que estavam em seu poder de acordo com os recursos e necessidades de cada um. Assim, César que era empresário, não gastava consigo e com sua família mais do que Coutinho, ajudante de pedreiro. Assim todos viviam, trabalhavam e cresciam, estando constantemente ligados pelo vínculo do amor, que era o maior valor que tinham entre eles.

Quando eu perguntei sobre o horário de culto, Marcelo não soube me responder e disse que o culto não começava nem acabava. Deus era constantemente cultuado nas vidas de cada membro da igreja. Mas ele me disse que a igreja normalmente se reunia esporadicamente, pelo menos uma vez por semana em que a maioria podia estar presente. Normalmente era um churrasco feito no sítio do Horácio e da Paula, mas no sábado em que eu participei, foi uma macarronada com frango na casa da Filomena. As pessoas iam chegando e todos comiam e bebiam o suficiente.

Depois de todos satisfeitos, Paulo, bem desafinado, começou a cantar uma canção. Era um samba que falava de sua alegria de estar vivo e de sua gratidão a Deus. Maurício acompanhou no cavaquinho e todos cantaram juntos. Afonso quis orar agradecendo a Deus e orou. Patrícia e Bela compartilharam suas interpretações sobre um trecho do evangelho que estavam lendo juntas. Depois foi a vez de Sueli puxar uma canção. Era um bolero triste, falando das saudades que sentia do marido que havia falecido há pouco tempo. Todos cantaram e choraram com ela. Dessa vez foi Tiago que orou. Outras canções, orações, hinos e palavras foram ditas e todas para edificação da igreja.

Quando o sol estava se pondo, Filomena trouxe um enorme pão italiano e um tonelzinho com um vinho que a família dela produzia. O ápice da reunião havia chegado, pela primeira vez o silêncio tomou conta do lugar. Todos partiram o pão, encheram os copos de vinho e os olhos de lágrimas. Alguns abraçados, outros encurvados, todos beberam e comeram em memória de Cristo.

Acordei com um padre da Inquisição batendo à minha porta. Junto dele estavam pastores, bispos, policiais, presidentes, ditadores, homens ricos e um mandado de busca. Disseram que houvera uma denúncia e que havia indícios de que eu era parte de um complô anarquista para acabar com a religião. Acusaram-me de freqüentar uma igreja sem líderes, doutrina ou hierarquia; me ameaçaram e falaram: “Ninguém vai nos derrubar!”. Expliquei: “Vocês estão enganados, não fui a lugar nenhum, não encontrei ninguém ou participei de nada... aquela é apenas a igreja dos meus sonhos”.

Theo Pimenta

Literalmente, lobos vestidos de ovelhas




Os ladrões Maximiliano Pereyra, de 25 anos, e Ariel Diaz, 28, passaram uma semana disfarçados como ovelhas na Argentina.

A dupla fugiu de um presídio e, para não ser reconhecida, se fantasiou do animal e se juntou a outras ovelhas de uma fazenda.

Os ladrões Maximiliano Pereyra, de 25 anos, e Ariel Diaz, 28, passaram uma semana disfarçados como ovelhas na Argentina.

A dupla fugiu de um presídio e, para não ser reconhecida, se fantasiou do animal e se juntou a outras ovelhas de uma fazenda.

Falou e disse



"Hoje temos, muitas vezes, uma idéia errônea dos ensinamentos de Jesus.

Por exemplo, quando queremos um Jesus conservador, nós o fazemos conservador;

Quando queremos um Jesus socialista, nós o fazemos socialista. Basta querer.

Se o nosso coração estiver puro diante de Deus, entenderemos o que realmente Ele quis nos dizer; caso contrário, daremos às Suas palavras a interpretação que melhor nos convier."
Autor desconhecido

Homens são de Marte

Uma mulher foi ao médico para uma consulta...

- O que aconteceu, minha senhora?

- Doutor, eu não sei o que fazer, toda vez que meu marido chega em casa bêbado, ele bate em mim com sua pasta ou me enche de porradas.

- Eu tenho um remédio muito bom para isso. Quando seu marido chegar em casa embriagado, basta pegar um copo com chá de camomila e começar a bochechar. Apenas isso, faça bochecho e gargarejo.

Duas semanas depois, a mulher retorna ao médico e parecia ter nascido de novo!

- Doutor, isso foi uma idéia brilhante! Toda vez que meu marido chegou em casa bêbado, faço bochecho e gargarejo com chá de camomila e nada acontece. Foi a maior paz! Muito obrigada.

O médico conclui:
- Manter a boca fechada sempre ajuda...
Extraído da Internet

Coisas que os cristãos gostam




Jonathan Acuff é um humorista e autor cristão americano. Em 21 de março de 2008 ele criou um blog, que virou site depois. O objetivo era simples, fazer uma lista das coisas que os cristãos mais gostam de fazer e comentar sobre elas. O site convidava os visitantes a darem sugestões e assim foi aumentado a lista.

Depois de o blog receber 730 mil visitas desde a criação, a editora Zondervan resolveu publicar o material em formato de livro e audiolivro. Ele escolheu 120 "coisas" para a versão impressa, sendo 80 inéditas até então. São 208 páginas que incluem os comentários do autor e parte dos comentários do blog. No dia do lançamento do livro (1/04/2010) o blog já contava com 740 itens. Sua lista/livro inclui uma série de pregadores/autores famosos, filmes e músicas. Vários ítens não fazem sentido na nossa realidade, pois são característicos da cultura cristã americana. Mas Acuff também enumera coisas que vemos por aqui. Segue uma seleção retirada da lista dos 500 mais comentados disponível no site:

#1 - Tentar dar um ar cristão a idéias e produtos populares
#10 - Objetos de decoração cristãos de gosto duvidoso
#12 - Criar fórmulas para melhorar de vida em "X" passos
#14 - Tratar a Deus como seu namorado
#27 - Falar sobre cristãos famosos
#29 - Não dançar
#31 - Falar palavrão só de vez em quando
#34 - Sutilmente tentar descobrir se outros irmãos também bebem
#39 - Dar opinião sobre algo que não conhecemos
#53 - Dizer "Vou orar por você" e não orar
#64 - Ter medo que o arrebatamento venha antes de você casar
#65 - Colocar versículos na assinatura do seu email
#69 - Ter um lugar reservado na igreja
#80 - Resolver tudo com "mais oração"
#81 - Chamar fofoca de pedido de oração
#94 - Bíblias de estudo com diferentes especialidades
#101- Deixar qualquer um tocar no louvor
#105 - Desejar que seu testemunho de conversão fosse mais emocionante
#107 - Domingos
#116 - Dizer "vou orar sobre isso" como sinônimo para "não"
#121 - Achar que Deus vai lhe dar um chamado seguido de muitos detalhes
#134 - Usar a Bíblia para evangelizar pessoas que não acreditam na Bíblia
#149 - Boicotar coisas "anti-cristãs"
#150 - Dizer que está "esperando em Deus"
#158 - Não usar o nome da pessoa, chamá-lo apenas de "pastor"
#170 - Repassar emails com mensagens cristãs
#188 - Julgar a fé de alguém pelo número de versículos sublinhados em sua Bíblia
#206 - Mandar recados para o diabo
#225 - Transformar os diáconos em agentes secretos
#238 - Desejar que tivesse se divertido mais antes de se converter
#259 - Pensar que fé é um evento
#276 - Fazer coisas supersantas para Deus
#302 - Prosperidade
#303 - Doar coisas inúteis para a igreja
#317 - Dizer aos outros que o sermão do domingo foi direcicionado a eles
#335 - Comparar a vida cristã com Red Bull (te dá asas)
#347 - Usar fé como moeda para negociar com Deus
#362 - Filmes evangélicos, como "Desafiando os Gigantes"
#367 - Pedir dinheiro na igreja
#374 - Emoticons cristãos como "<)><".
#375 - Esquecer quem nós somos
#383 - Fazer ameaças cristãs por carta ou email
#393 - Colocar adesivos cristãos (como o do peixinho) na traseira do carro
#402 - Pensar que Deus está muito longe de nós
#405 - Dizer "a Bíblia" sempre que alguém pergunta qual o melhor livro que você já leu
#429 - Tratar Deus como uma máquina de fazer suco
#433 - Afirmar algo que Deus nunca disse em sua Palavra
#445 - Criar um "ambiente cristão" no seu escritório
#449 - Perguntar a si mesmo se só crer em Deus é o suficiente
#471 - Dormir no culto
#482 - Falar sobre o fim do mundo
#497 - Dar nomes bíblicos aos filhos
Fonte: Stuff Christian Likes

Tudo é espiritual

Não deixe de assistir as oito partes desse fantástico estudo pelo Pr. Rob Bell.
Dá prá ficar com água na boca e um gostinho de "quero mais".


Conselhos de um pai



Um jovem recém casado estava sentado num sofá num dia quente e húmido, bebericando
chá gelado durante uma visita ao seu pai.

Ao conversarem sobre a vida, o casamento, as responsabilidades da vida,as obrigações da pessoa adulta, o pai remexia pensativamente os cubos de gelo no seu copo e lançou um olhar claro e sóbrio para seu filho.

Nunca esqueça de seus amigos, aconselhou ele !
Serão mais importantes na medida em que você envelhecer.
Independentemente do quanto você ame sua família, os filhos que porventura venham a ter, você sempre precisará de amigos.

Lembre-se de ocasionalmente ir a lugares com eles ; faça coisas com eles;telefone para eles . . .
Que estranho conselho! Pensou o jovem. Acabo de ingressar no mundo dos casados. Sou adulto.
Com certeza minha esposa e a família que iniciaremos serão tudo que necessito para dar sentido à minha vida!

Contudo, ele obedeceu ao pai. Manteve contato com seus amigos e anualmente aumentava o número de amigos.

Na medida em que os anos se passavam, ele foi ompreendendo que seu pai sabia do que falava. Na medida em que o tempo e a natureza realizam suas mudanças e mistérios sobre um homem, amigos são baluartes de sua vida.

Passados mais de 50 anos, eis o que aprendi:
O Tempo passa.
A vida acontece.
A distância separa.
As crianças crescem.
Os empregos vão e vêem.
O amor fica mais frouxo.
As pessoas não fazem o que deveriam fazer.
O coração se rompe.
Os pais morrem.
Os colegas esquecem os favores.
As carreiras terminam.
MAS... os verdadeiros amigos estão lá, não importa quanto tempo e quantos quilômetros estão entre vocês.
Um amigo nunca está mais distante do que o alcance de uma necessidade, torcendo por você, intervindo em seu favor e esperando você de braços abertos, abençoando sua vida!
Quando iniciamos esta aventura chamada VIDA, não sabíamos das incríveis alegrias ou tristezas que estavam adiante.
Nem sabíamos o quanto precisaríamos uns dos outros.

Extraído da Internet

Você Já Amou Tanto Assim?

Um casal de velhinhos que não tinham filhos, moravam em uma casinha humilde de madeira e tinham uma vida muito tranquila, alegre, e ambos se amavam muito. Eram felizes.

Até que um dia...
Aconteceu um acidente com a senhora. Ela estava trabalhando em sua casa quando começa a pegar fogo na cozinha e as chamas atingem todo o seu corpo.
O esposo acorda assustado com os gritos e vai a sua procura, quando a vê coberta pelas chamas e imediatamente tenta ajudá-la.. O fogo também atinge seus braços e, mesmo em chamas, consegue apagar o fogo.

Quando chegaram os bombeiros já não havia muito da casa, apenas uma parte, toda destruída.

Levaram rapidamente o casal para o hospital mais próximo, onde foram internados em estado grave. Após algum tempo aquele senhor menos atingido pelo fogo saiu da UTI e foi ao encontro de sua amada. Ainda em seu leito a senhora toda queimada, pensava em não viver mais, pois estava toda deformada, queimara todo o seu rosto.

Chegando no quarto de sua senhora, ela foi falando:

- Tudo bem com você meu amor?
- Sim, respondeu ele, pena que o fogo atingiu os meus olhos e não posso mais enxergar, mas fique tranquila amor que sua beleza está gravada em meu coração para sempre. Então triste pelo esposo, a senhora disse-lhe:

Deus vendo tudo o que aconteceu a meu marido, tirou-lhe as vistas para que não presencia esta deformação em mim. As chamas queimaram todo o meu rosto e estou parecendo um monstro.

Passado algum tempo e recuperados, voltaram para uma nova casa, onde ela fazia tudo para o seu querido esposo, e ele todos os dias dizia-lhe: COMO EU TE AMO!
E assim viveram 20 anos até que a senhora veio a falecer.

No dia de seu enterro, quando todos se despediam, então veio aquele senhor sem seus óculos escuros e com sua bengala nas mãos, chegou perto do caixão, beijando o rosto e acariciando sua amada, disse em um tom apaixonante: "Como você é linda meu amor, eu te amo muito".

Ouvindo e vendo aquela cena um amigo que esta ao lado perguntou se o que tinha acontecido era milagre e, olhando nos olhos dele, o velhinho apenas falou:
Nunca estive cego, apenas fingia, pois quando a vi toda queimada sabia que seria duro para ela continuar vivendo daquela maneira. Foram vinte anos vivendo muito felizes e apaixonados!!!

Na vida temos de provar que amamos!
Muitas vezes de uma forma difícil E, para sermos felizes, temos de fechar os olhos para muitas coisa, mas o importante é que se faça única e intensamente com AMOR!
Extraído da Internet

Mártires cristãos


Perseguição Romana e Mártires Cristãos

As primeiras perseguições aos cristãos partiram de autoridades judias na palestina. O primeiro mártir registrado nas Escrituras foi o diácono Estevão (At 6 — 7), apedrejado por uma multidão, possivelmente em 36 d.C. O próximo foi Tiago — filho de Zebedeu e um dos doze apóstolos — morto por Herodes Agripa I em 44 (At 12). De acordo com Josefo e Eusébio, Tiago, o irmão de Jesus e líder da igreja de Jerusalém foi apedrejado como resultado da instigação do sumo sacerdote em 62, logo depois da morte do governador Festo.

A expulsão dos judeus de Roma ordenada por Cláudio e registrada por Suetônio pode ter sido resultado de um tumulto causado por cristãos judeus que estavam pregando sobre Cristo nas sinagogas. Nero queria fazer dos cristãos os bodes expiatórios do incêndio na capital em 64 d.C. Suetônio declarou laconicamente: “O castigo foi infligido sobre os cristãos, uma classe de homens dados a superstições maldosas”. A descrição vívida feita por Tácito da brutalidade de Nero vem há séculos mexendo com a imaginação:

Consequentemente, para livrar-se da delação, Nero colocou a culpa e infligiu as mais terríveis torturas sobre uma classe odiada por suas abominações, chamada pelo populacho de cristãos. Christus, do qual o nome é originado, sofreu a pena capital durante o reinado de Pôncio Pilatos... Além de sua morte, houve zombarias de todo o tipo. Cobertos por peles de animais, eles foram rasgados por cães e pereceram, ou pregados a cruzes, ou condenados pelo fogo e queimados, para servir de iluminação noturna quando a luz do dia havia expirado. Nero ofereceu seus jardins para o espetáculo. [1]

Uma fonte cristã mais recente (Sulpício Severo) relata: “Naquele tempo, Paulo e Pedro foram condenados a morte, sendo o primeiro decapitado com a espada enquanto Pedro sofreu a crucificação”. Algumas tradições populares, porém, não tem fundamento histórico. Uma delas é de que Pedro estava fugindo de Roma para evitar a perseguição de Nero e encontrou Jesus na Via Ápia. Ele disse: “Aonde vais, Senhor?” (Quo vadis domine?) Jesus respondeu: “Vou a Roma para ser crucificado novamente”. Foi então que o apóstolo voltou à capital para encontrar-se com seu destino. Uma outra lenda afirma que Pedro pediu para ser crucificado de cabeça para baixo.

Eusébio indica que, por volta do ano de 95, Domiciano baniu muitos cristãos de Roma, inclusive sua sobrinha Flávia Domitila. Clemêncio, marido de Domitila e primo do imperador, foi executado por “ateísmo”, que na época significava a conversão ao Judaísmo. Só alguns séculos depois é que surgiu a idéia de que Clemêncio era cristão. Outra evidência indireta de perseguição sob o governo desse imperador foi a expulsão de João de Patmos (Ap 1.9) e alguns comentários em I Clemente.

A carta do governador romano Plínio para Trajano (cerca de 112 d.C.) contém uma referência explícita à perseguição. Ele pediu conselho ao imperador sobre se deveria tomar medidas contra aqueles que eram acusados de serem cristãos, tendo em vista que ele próprio não estava certo se “o simples nome de cristão” era uma ofensa punível. Em todos os casos, ele acreditava que a “teimosia e obstinação inabalável” desse povo deveriam ser punidas. Ele também relatou que havia usado de tortura para interrogar “duas escravas, que eles chamam de diaconisas”, para saber mais sobre as práticas cristãs.

Por algum motivo desconhecido, Inácio, bispo de Antioquia, foi para Roma durante o reinado de Trajano e lá sofreu o martírio. Seu amigo próximo, Policarpo, mais tarde também foi martirizado em Esmirna depois de recusar-se a negar a Cristo com estas memoráveis palavras: “Oitenta e seis anos eu O servi e Ele não me fez mal algum. Como posso, então, blasfemar contra meu Rei que me salvou?”

A base legal para a perseguição dos cristãos ainda é assunto de debate entre os estudiosos. Em várias ocasiões eles foram acusados de “traição”, “crimes”, “atos vergonhosos” e “obstinação”. O preconceito e a falta de compreensão alimentavam vários rumores populares. Os cristãos que se recusavam a tomar parte nas cerimônias e atividades pagãs eram suspeitos de serem desleais e anti-sociais. Por tratarem uns aos outros como “irmãos” e “irmãs” e encontrarem-se em segredo, eram acusados de imoralidade. Referências feitas na Ceia do Senhor sobre comer o corpo e beber do sangue de Cristo davam origem a suspeitas de canibalismo.

Justino Mártir foi morto durante o governo do imperador estóico Marco Aurélio, enquanto o heroísmo dos mártires em Viena e Lião no sudeste da Gália (França) em 177 d.C. é um dos grandes episódios da história do Cristianismo. Eusébio descreve como quarenta e oito cristãos foram mortos nos anfiteatros, incluindo a escrava Blandina que foi chifrada por um touro, diante de multidões pagãs sedentas de sangue. Marco Aurélio desdenhosamente chamou esses mártires de tolos obstinados.

Seu filho Cômodo era um imperador farrista que se divertia com jogos de gladiadores e deixou os cristãos em paz. Porém, uma dúzia deles foi executada pelo governador da Sília no norte da África em 180 d.C. e muitos cristãos foram mortos na província da Ásia. É possível que estes últimos fossem montanistas tendo em vista que esse grupo tinha um zelo especial em procurar o martírio. Em 202, cinco foram mortos em Cartago, sendo as mais conhecidas dentre eles Perpétua — uma mãe que ainda amamentava — e sua escrava Felícitas. O diário de Perpétua, que registrou as visões que Deus enviou para encorajá-la, era especialmente apreciado entre os montanistas, tendo em vista que enfatizavam a importância de revelações diretas pelo Espírito Santo.

Leônidas, pai do conhecido estudioso Orígenes, foi morto em Alexandria em 202. O filho desejava muito juntar-se ao pai, mas sua mãe frustrou a tentativa ao esconder suas roupas. Mais tarde, em 206, oito dos alunos de Orígenes foram mortos. Em 211 um soldado cristão foi executado ao recusar-se a usar uma coroa de louros por estar associada ao paganismo. Tertuliano, que elogiou o exemplo desse mártir militar, desencorajou os cristãos a servirem no exército já que isso poderia levá-los a ter que aceitar práticas pagãs.

A primeira tentativa sistemática de eliminar o Cristianismo por todo o império ocorreu em 250 sob o governo de Décio, um dos efêmeros “Imperadores de Quartel”. Ele exigiu que todos fizessem oferendas em honra a ele próprio e proferissem juramentos pela fortuna dele como demonstração de sua lealdade. As pessoas tinham que obter um libelo, um documento que atestava que haviam feito um sacrifício. Aqueles que se recusassem a participar desse ritual civil e religioso encaravam duras conseqüências. Vários bispos foram executados, inclusive Fabiano de Roma, Alexandre de Jerusalém e Bábilos de Antioquia. Outro foram encarcerados, como Dionísio de Alexandria; Orígenes morreu depois de ser submetido a tortura em 251. Durante essa época, literalmente centenas de pessoas foram martirizadas por causa de sua fé.

Cipriano, bispo de Cartago, descreve em seus escritos os problemas gerados pelas perseguições. Para seu desespero, amedrontada, a maioria dos cristãos abandonava a fé e oferecia sacrifícios para se proteger. O próprio Cipriano se escondeu e justificou esse ato referindo-se ao conselho de Jesus para fugir (Mt 10.23). Alguns cediam ao comprar libelos sem ter na verdade feito os sacrifícios.

Depois do falecimento de Décio, os líderes da Igreja assumiram posições diferentes em relação àqueles que fraquejavam. Novaciano um antipapa de Roma, adotou a postura mais rigorosa e excluiu todos aqueles que haviam negado a fé. Porém, Cipriano e Cornélio, os bispos de Roma concordaram em aceitar de volta à comunhão aqueles que haviam comprado libelos depois da devida demonstração de arrependimento, enquanto aqueles que haviam de fato realizado sacrifícios só seriam readmitidos em seu leito de morte.

Alguns anos mais tarde, Valeriano redigiu uma série de éditos voltados para os líderes da Igreja. Esses éditos exilavam bispos, proibiam todos os encontros de cristãos e legalizavam a demissão de servos cristãos da casa imperial, sendo estes banidos para trabalhar em propriedades imperiais. Um dos resultados foi a execução dos bispos Cipriano e Sisto II de Roma.

A perseguição final ocorreu sob o governo de Diocleciano, o último grande imperador pagão antes de Constantino. Diocleciano e seu assistente Galério ofenderam-se com cristãos que fizeram o sinal da cruz justamente quando sacerdotes pagãos procuravam prever o futuro ao olhar as entranhas de animais sacrificados. Assim, ele lançou quatro éditos, cada um mais severo que o anterior. De acordo com Eusébio, “uma carta imperial foi promulgada por toda a parte, ordenando a destruição das igrejas e a queima das Escrituras”. 2 Aqueles que distribuíam as Escrituras ou outros objetos sagrados eram conhecidos como traditores (traidores). Líderes da Igreja foram presos e pressionados a fazer sacrifícios para o imperador. Somente na cidade de Nicomédia, duzentos e sessenta e oito cristãos foram executados. Um segundo édito ordenava a prisão do alto clero enquanto um terceiro édito lhes oferecia a anistia caso eles fizessem sacrifícios. O quarto ordenava todos os cristãos a fazerem sacrifícios ou enfrentar a pena de morte ou trabalho forçado.

A perseguição cessou quando Diocleciano se aposentou em 305. Galério admitiu que essa política havia fracassado e lançou um édito de tolerância em 311, enquanto sofria de uma terrível doença que certos membros da Igreja da época interpretaram como sendo castigo divino. Dois anos mais tarde, Constantino deu fim a era de perseguição com um decreto: “Nosso propósito é dar tanto aos cristãos como a todos os outros a autoridade de seguir qualquer tipo de adoração que cada um deseje”.
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Robert G. Clouse e outros
Fonte: Dois Reinos, Robert G. Clouse, Richard V. Pierard, Edwin M. Yamauchi, Editora CEP.

Hudson Taylor: o homem que amou o Senhor e a China

James Hudson Taylor nasceu em 1832, em Barnsley, Inglaterra, filho de um sacerdote metodista. Com dezesseis anos, creu em Cristo como seu Salvador, numa tarde em que estava sozinho em casa e entediado. A vida religiosa dos pais não o atraía e ele desejava muito os prazeres do mundo. Passando os olhos pela biblioteca do pai, procurando algo com que se distrair, pegou um livro que falava sobre o Evangelho e começou a lê-lo. No mesmo instante, sua mãe, a mais de cem quilômetros de distância, era conduzida por Deus para orar pela salvação do filho. Taylor orou e a oração de sua mãe foi respondida: ele se rendeu ao Senhor. Oração tornou-se, posteriormente, uma das mais preeminentes marcas de seu serviço e ministério.

Desde então, sentiu-se chamado para pregar o Evangelho na China. Por isso, passou a preparar-se dormindo sobre uma esteira, abrindo mão de qualquer luxo, vivendo com o mínimo de alimento necessário e dependendo exclusivamente do Senhor para seu sustento. Assim, aos dezenove anos, Taylor aprendeu que poderia confiar em Deus e obedecer-Lhe em qualquer área de sua vida - aprendeu que se pode levar a sério Deus e Sua Palavra.

Após estudar medicina e teologia, foi para a China em 1854 como um missionário assalariado pela Sociedade para Evangelização da China.

Em 20 de janeiro de 1858, após trabalhar num hospital por quatro anos, ele casou com Maria Dyer (1837? - 1870), missionária, filha de um dos primeiros missionários para a China. Eles tiveram oito filhos, quatro dos quais morreram com menos de dez anos. Por ser ela fluente no dialeto ningpo, ajudou Hudson no trabalho de tradução do Novo Testamento, no que ele investiu cinco anos. Essa tradução foi realizada na Inglaterra e, em 1866, Taylor retornou a China com dezesseis outros missionários e fundou a Missão para o Interior da China (MIC).

Em 1870, sua esposa e dois de seus filhos morreram de cólera. Maria era uma torre forte e um conforto para o marido. Nas palavras dela, ela era "mais intimamente instruída que qualquer outra pessoa com as provações, as tentações, os conflitos, as falhas e quedas e as conquistas" do marido.

Em 1871, Taylor casou-se com Jennie Faulding (1843 - 1903), missionária da MIC. Eles tiveram dois filhos, incluindo Howard, o biógrafo do pai e autor de O Segredo Espiritual de Hudson Taylor (Editora Mundo Cristão). Jennie cuidou do marido em meio a injúrias e doenças, editou o periódico China’s Millions da MIC e tinha um ministério especial entre as mulheres. Nos últimos anos de vida, ela viajou com Hudson, além de falar e escrever e organizar o trabalho da Missão. Partiu para o Senhor em 1904.

Hudson permaneceu na China e quando dormiu no Senhor, em Changsha, em 1905 (antes que os comunistas tomassem o país que ele tanto amava), havia lá deixado 250 pontos missionários com 849 missionários da Inglaterra e 125.000 chineses cristãos dando testemunho do Evangelho. Sua vida é um dos mais impressionantes registros da história do evangelismo e um dos maiores testemunhos da fidelidade do Senhor e a Ele.

(Extraído do livro Cântico dos Cânticos - O Misterioso Romance. © Editora dos Clássicos, 2000.)

Decisão certa



"Por ti tenho sido sustentado desde o ventre; tu és aquele que me tiraste das entranhas de minha mãe; o meu louvor será para ti constantemente." Salmos 71:6


É comum se ouvir falar a respeito do altruísmo do amor materno e do que é capaz, quando se trata de preservar a vida ou a felicidade dos filhos.

O caso de Michelle é um desses. Ela, o marido e o filho de seis anos, haviam acabado de se mudar para a casa dos seus sonhos.

Estilo colonial, cinco quartos, terreno espaçoso. O menino começara a freqüentar o Jardim de Infância e a ocasião era ideal para ter um segundo filho.

Nos seus 6 anos, James acreditava que Deus ouvira suas preces e um irmão ou irmã estava a caminho.


Tudo era esperança e alegria, até o médico suspeitar da existência de um tumor na mama direita de Michelle.

Ela só conseguia pensar: Eu vou morrer. Eu quero ficar com o meu filho. Eu não vou contar aos meus pais que tenho câncer. O diagnóstico veio após três biópsias e uma ultrassonografia.

O tumor tinha menos de um centímetro e era receptor de estrogênio positivo.

O que deveria ser uma vantagem, no caso de Michelle, grávida, significava que ele se alimentaria da maior quantidade possível de estrogênio em sua corrente sangüínea.

Quer dizer: ele cresceria com acelerada rapidez. A especialista a quem foi encaminhada aconselhou que ela interrompesse a gravidez.

Isso lhe permitiria extirpar o tumor e se submeter à quimioterapia. Ela poderia voltar a engravidar em cinco anos.

Por que tirar o meu bebê? Pensava Michelle. Por que devo eliminar meu filho para eu viver?
Por que não posso optar por uma mastectomia e ficar com meu bebê?

Finalmente, para desespero de seu marido e de sua irmã, que acompanhava o caso, Michelle optou por se submeter a uma mastectomia. Ela poderia amamentar seu filho, porque não faria radiação nem quimioterapia.

E encontrou um aliado em sua luta pela vida. Seu obstetra estava disposto a apoiá-la.

Essa decisão significava que não teria que eliminar a vida que pulsava em seu ventre. E como pulsava.

Quando despertou, após realizada a cirurgia para a retirada total da mama direita, seu marido chorava ao seu lado. O obstetra entrou e colocou o monitor fetal para escutar as batidas cardíacas do bebê.

Estaria tudo bem com ele? A expectativa era enorme. O silêncio ainda maior.
Então, o monitor disparou e o som das batidas daquele coraçãozinho parecia gritar: Obrigado. Obrigado.

Michael nasceu perfeito e saudável.

Três anos depois, até a dolorosa e demorada reconstituição da mama está superada pela alegria dos filhos e do marido. Michael é um apaixonado pelo irmão. Abraça-o muitas vezes e diz: James, meu irmão!

Quando Michelle contempla essa cena, sua voz falseia. Ela recorda que poderia ter perdido tudo isso. E agradece a Deus por ter feito a correta opção. Por ter atendido ao amor e preservado, embora com grande sacrifício, a sua e a vida de seu filho.

Quando ora a Deus, não somente externa seus agradecimentos, mas especialmente lhe diz:
Obrigada, meu Deus, por eu ter escutado a voz da vida. Obrigada pela minha vida, pela vida de Michael.


Autor desconhecido

Sabedoria infantil



O autor e conferencista Leo Buscaglia certa ocasião falou de um concurso em que tinha sido convidado como jurado. O objetivo era escolher a criança mais cuidadosa.
Eis alguns dos vencedores:

Um garoto de 4 anos tinha um vizinho idoso ao lado, cuja esposa havia falecido recentemente. Ao vê-lo chorar, o menino foi para o quintal dele, e simplesmente sentou-se em seu colo. Quando a mãe perguntou a ele o que havia dito ao velhinho, ele respondeu:

- Nada. Só o ajudei a chorar.

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Os alunos da professora de primeira série Debbie Moon estavam examinando uma foto de família. Uma das crianças da foto tinha os cabelos de cor bem diferente dos demais. Alguém logo sugeriu que essa criança tivesse sido adotada. Logo uma menina falou:

- Sei tudo sobre adoção, porque eu fui adotada.
Logo outro aluno perguntou-lhe:

- O que significa "ser adotado"?

- Significa - disse a menina - que você cresceu no coração de sua mãe, e não na barriga!

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Sempre que estou decepcionado com meu lugar na vida, eu paro e penso no pequeno Jamie Scott. Jamie estava disputando um papel na peça da escola. Sua mãe me disse que tinha procurado preparar seu coração, mas ela temia que ele não fosse escolhido. No dia em que os papéis foram distribuídos, eu fui com ela para buscá-lo na escola. Jamie correu para a mãe, com os olhos brilhando de orgulho e emoção:

- Adivinha o que, mãe!
E disse aquelas palavras que continuariam a ser uma lição para mim:

- Eu fui escolhido para bater palmas e espalhar a alegria!

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Conta uma testemunha ocular de Nova York: Num frio dia de Dezembro, alguns anos atrás, um rapazinho de cerca de 10 anos, descalço, estava em pé em frente a uma loja de sapatos, olhando a vitrine e tremendo de frio. Uma senhora se aproximou do rapaz e disse:

- Você está com pensamento tão profundo, olhando essa vitrine!

- Eu estava pedindo a Deus para me dar um par de sapatos - respondeu o garoto...

A senhora tomou-o pela mão, entrou na loja e pediu ao atendente para dar meia duzia de pares de meias para o menino. Ela também perguntou se poderia conseguir-lhe uma bacia com água e uma toalha. O balconista rapidamente atendeu-a e ela levou o garoto para a parte detrás da loja e, tirando as luvas, se ajoelhou e lavou seus pés pequenos e secou-os com a toalha. Nesse meio tempo, o empregado havia trazido as meias. Calçando-as nos pés do garoto, ela também comprou-lhe um par de sapatos. Ela amarrou os outros pares de meias e entregou-lhe. Deu um tapinha carinhoso em sua cabeça e disse:

- Sem dúvida, vai ser mais confortável agora.
Como ela logo se virou para ir, o garoto segurou-lhe a mão, olhou seu rosto diretamente, com lágrimas nos olhos e perguntou:

- Você é a mulher de Deus?



Extraído da internet

A miserável cultura do esforço




Vivemos em uma sociedade onde o esforço e o trabalho são as figuras determinantes para a obtenção de resultados esperados. Para se conquistar aquilo que se almeja é necessário batalhar por isto. Logo, se você quer passar no vestibular, você precisa estudar muito, se você quer emagrecer você precisar fazer exercícios e comer menos, se você quer ganhar mais dinheiro você precisa trabalhar muito. Acredito que toda ação leva a uma reação, e que colhemos o que plantamos. Porém, construímos uma cultura do esforço e do trabalho, esta passou a determinar nossa vida e deturpar princípios elementares da vida cristã.

Com a cultura do esforço e do trabalho passamos a nos achar capazes de tudo! Baseamo-nos em nosso próprio esforço para obter aquilo que desejamos, inclusive nossa salvação. Vivemos em dias onde a própria “igreja” promove um discurso que afirma o fato de que nós alcançamos a Salvação, nós aceitamos a Cristo, nós temos que nos santificar e nós, e nós e NÓS! Será que a Bíblia não é clara o suficiente ao mostrar que o evangelho não tem nada haver com nós, mas sim com ELE?

Somos miseráveis homens e mulheres sustentados nas mãos de um Deus irado, que estava pronto a lançar toda a sua ira sobre nós a fim de fazer justiça, pois quebramos a sua lei! Mas Deus, ao invés de lançar a sua condenação sobre os culpados, nós, os pecadores, Ele derrama toda a sua ira sobre o seu filho, que é Santo e jamais transgrediu a sua lei! (Isaías 53:10) Será que isso não deixa claro que não há nada haver com a gente ou com o nosso ridículo esforço?

Nunca, com todo o esforço que possamos ter, NUNCA agradaremos a Cristo! Por mais que realizemos boas ações ou cumpramos todos os nossos abomináveis ritos religiosos, jamais seriamos merecedores deste favor! Porém, Deus, ao olhar para nós, nos vê sob e maravilhoso sangue do seu filho Jesus, isso nos torna filhos de Deus e nos livra de sua ira. Mas ainda permanecemos querendo nos esforçar para sermos santos ou merecedores de nos achegarmos a Deus e termos sua graça e misericórdia.

Miseráveis homens que somos ao nos iludir pensando que podemos fazer algo! Ele já fez tudo. Não é necessário se esforçar para ser salvo ou para ser santo, Ele nos salva, Ele nos torna santos. Chega desse discurso legalista que diz que “somos salvos pela fé, mas a santificação é pelo esforço”, ou que precisamos fazer algo para sermos aceitos, tornando-nos “bonitinhos” de acordo com o medíocre padrão desse “evangeliquez” universal que predomina e aliena as mentes de tantos crentes.

Que o verdadeiro Evangelho seja revelado nesses dias a fim de restaurar princípios tão elementares como este, que foram deturpados por teorias humanas ao longo da história e que vem enganado tantas pessoas e levando milhares delas para o inferno.

Luzia Gavina

Orações e queda do muro de Berlim




ALEMANHA (*) - "Estávamos preparados para tudo. Mas não para velas e orações".

A declaração foi dada pelo membro do Comitê Central da Alemanha Oriental (RDA), Horst Sindermann, pouco antes de sua morte, e referia-se à derrubada do Muro de Berlim, em 9 de novembro de 1989. As reuniões de oração de uma igreja evangélica foram decisivas para a mobilização popular que derrubou aquela estrutura de concreto que separava o mundo.

Hoje, 20 anos depois, a celebração inclui o convite à continuidade das orações, feito através da página da igreja na internet. Na Igreja de São Nicolau, os pastores destacam a necessidade de orar pelo ser humano como um todo, inserido no seu contexto social. Eles dizem: "Os nossos cultos de oração de paz continuarão! Trataremos com problemas de hoje - o apoio ao desempregado e esforços para integrar estrangeiros na nossa cidade - como tratamos com problemas no passado. As nossas intercessões e o nosso compromisso são tão necessários hoje como no passado, especialmente para as áreas críticas do mundo onde as novas guerras e os conflitos estouram constantemente".

No Brasil, talvez levados por um noticiário da mídia nacional que subestima tais fatos que exaltam a postura de uma igreja protestante num acontecimento tão importante mundialmente, os evangélicos perdem a oportunidade de espalhar esse testemunho para outras pessoas e, assim, atrair mais gente ao convívio cristão.

Na Alemanha, a igreja celebra e tem o reconhecimento da sociedade. E relembram que, além das orações, a palavra do Evangelho fez grande impacto até na vida daqueles que estavam ali para perseguir e reprimir o povo. Durante as reuniões semanais de orações pela paz que levaram o povo a derrubar o muro, com repercussões mundiais até o dia de hoje, as palavras de Jesus eram enfatizadas. Como conta o pastor da igreja, Reverendo C. Führer:

"Eu sempre apreciava que os membros da polícia secreta estavam ouvindo as bem-aventuranças bíblicas do Sermão do Monte cada segunda-feira. Onde mais eles ouviriam isso? Assim, muita gente e os membros infiltrados do governo ouviram o Evangelho de Jesus Cristo que eles não conheciam, em uma igreja onde eles não podiam fazer nada. Eles receberam as boas-novas de Jesus que disse: "abençoado são os pobres!" E não: só gente rica é feliz. Jesus disse: "ame os seus inimigos!" E não: Abaixo com o seu oponente. Jesus disse: "muitos que agora são primeiros, serão últimos!" E não: Tudo ficará sempre o mesmo. Jesus disse: "quem salvar a sua vida, a perderá; e seja quem for que perder a sua vida por amor de mim, a encontrará!" E não: Tome grande cuidado. Jesus disse: "você é o sal!" E não: Você é a nata."

As orações da paz começaram o processo que levou o povo a derrubar o muro de Berlim. Deus estava nisso! Comente isso ainda hoje com seu colega de trabalho, escola, vizinho, familiar. Flores enfeitavam a igreja de dia e velas chamavam a atenção à noite. O povo, mesmo os não cristãos, se achegavam esperançosos e confiantes. A igreja orava. A mobilização espontânea confundia a repressão.

"O espírito de Jesus da não violência agarrou as massas e tornou-se um poder material, pacífico. As tropas e a polícia retiraram-se. O partido e a ditadura ideológica caíram. Como diz a Bíblia: "Ele destrona os poderosos e entroniza os débeis"; "Você terá sucesso, não pelo poder militar ou pela sua própria força, mas pelo meu espírito, diz o Senhor". É o que experimentamos. Houve milhares nas igrejas. Centenas de milhares nas ruas em volta do centro da cidade. Mas nem uma janela de loja foi despedaçada. Isto foi a experiência incrível do poder da não violência", relada o reverendo da Igreja de São Nicolau. O líder da Alemanha Oriental Sindermann não soube como reagir a velas e orações.

* Este país não se enquadra entre os 50 mais intolerantes ao cristianismo.
Fonte: http://www.portasabertas.org.br/