Vende-se Tudo

No mural do colégio da minha filha encontrei um cartaz escrito por uma mãe, avisando que estava vendendo tudo o que ela tinha em casa, pois a família voltaria a morar nos Estados Unidos. O cartaz dava o endereço do bazar e o horário de atendimento. Uma outra mãe, ao meu lado, comentou:

- Que coisa triste ter que vender tudo que se tem.

- Não é não, respondi, já passei por isso e é uma lição de vida.

Morei uma época no Chile e, na hora de voltar ao Brasil, trouxe comigo apenas umas poucas gravuras, uns livros e uns tapetes. O resto vendi tudo, e por tudo entenda-se: fogão, camas, louça, liquidificador, sala de jantar, aparelho de som, tudo o que compõe uma casa.

Como eu não conhecia muita gente na cidade, meu marido anunciou o bazar no seu local de trabalho e esperamos sentad os que alguém aparecesse. Sentados no chão. O sofá foi o primeiro que se foi.

Às vezes o interfone tocava às 11 da noite e era alguém que tinha ouvido comentar que ali estava se vendendo uma estante. Eu convidava pra subir e em dez minutos negociávamos um belo desconto.

Além disso, eu sempre dava um abridor de vinho ou um saleiro de brinde, e lá se iam meus móveis e minhas bugigangas. Um troço maluco: estranhos entravam na minha casa e desfalcavam o meu lar, que a cada dia ficava mais nu, mais sem alma.

No penúltimo dia, ficamos só com o colchão no chão, a geladeira e a tevê. No último, só com o colchão, que o zelador comprou e, compreensivo, topou esperar a gente ir embora antes de buscar. Ganhou de brinde os travesseiros.

Guardo esses últimos dias no Chile como o momento da minha vida em que aprendi a irrelevância de quase tudo o que é material. Nunca mais me apegu ei a nada que não tivesse valor afetivo. Deixei de lado o zelo excessivo por coisas que foram feitas apenas para se usar, e não para se amar.

Hoje me desfaço com facilidade de objetos, enquanto que torna-se cada vez mais difícil me afastar de pessoas que são ou foram importantes, não importa o tempo que estiveram presentes na minha vida... Desejo para essa mulher que está vendendo suas coisas para voltar aos Estados Unidos a mesma emoção que tive na minha última noite no Chile.

Dormimos no mesmo colchão, eu, meu marido e minha filha, que na época tinha 2 anos de idade. As roupas já estavam guardadas nas malas. Fazia muito frio. Ao acordarmos, uma vizinha simpática nos ofereceu o café da manhã, já que não tínhamos nem uma xícara em casa.

Fomos embora carregando apenas o que havíamos vivido, levando as emoções todas: nenhuma recordação foi vendida ou entregue como brinde. Não pagamos excesso de bagagem e chegamos aqui com outro tipo de leveza.

.... SÓ POSSUÍMOS NA VIDA O QUE DELA PUDERMOS LEVAR AO PARTIR

Martha Medeiros

O Deus que derrama

“Admiraram-se porque também sobre os gentios foi derramado o dom do Espírito Santo”
Atos 10:45 


Deus derrama água sobre a terra seca e sobre a alma sedenta (Is 44.4). Derrama luz sobre quem está em trevas (Sl 18.28). Derrama óleo fresco sobre quem se encontra exausto (Sl 23.5; 92.10). O Deus que derrama conhece suas necessidades básicas. Nada é pingado, tudo é derramado profusamente.

Ele quer resolver seus dramas, que romper os grilhões que o oprimem, quer mudar a direção da sua vida, quer dar-lhe a certeza do perdão, quer trocar sua insegurança por um sentimento muito mais confortável.

A palavra mais usada para designar a descida do Espírito Santo é o verbo derramar. “Derramarei o meu Espírito sobre a tua posteridade” (Is 44.3); “Derramarei o meu Espírito sobre a casa de Israel” (Ez 39.29); e “Derramarei o meu Espírito sobre toda a carne” (Jl 2.28).

Todavia o mesmo Deus que derrama sua misericórdia, sua graça e seu amor é capaz de derramar também sua indignação, seu furor e sua cólera (Sl 69.24; 79.6; Jr 42.18). Este esvaziamento da ira de Deus só acontece quando você ou qualquer outra pessoa vive deliberadamente em pecado.

Ore
Deus de amor e de justiça, quero experimentar o derramamento das tuas bênçãos sobre a minha vida. 
Senhor, tira de sobre mim a tua santa ira e me liberta dos meus pecados. Por Jesus. Amém.

Pense
Deus teria um caráter incompleto e imperfeito se derramasse sobre você só o seu furor ou só a sua misericórdia.
"Cada Dia"

Depressão espiritual



Salmo 
42 e 43

A depressão parecer ser uma condição bastante comum entre os cristãos. Não me refiro à depressão clínica, que pode necessitar de tratamento psiquiátrico e psicológico especializado, mas à depressão espiritual, com a qual deveríamos ser capazes de lidar por nós mesmos.

O autor dos salmos 42 e 43 é transparente acerca de sua depressão. Para começar, ele está com sede de Deus, porque está separado dele, passando por algum deserto, ou por algum tipo de exílio forçado. Ele relembra as grandes celebrações do passado (Sl 42.4b). Ele tem saudades de celebrar o poderoso Deus junto com a comunidade. Sua depressão se deve, no entanto, não somente à ausência de Deus, mas também à presença dos inimigos. Eles o provocam perguntando: “Onde está o teu Deus?” (Sl 42.3,5).

Mas ele encerra o cântico dizendo: “...ainda o louvarei; ele que é o meu salvador e o meu Deus”. O uso duplo do pronome possessivo, “meu salvador e meu Deus”, é muito significativo. O salmista está reafirmando sua relação de aliança com Deus e nenhuma variação de humor pode destruir isso.

Ore

Senhor, queremos ver e nos alegrar com cada membro da nossa família declarando de todo coração a ti: “meu Salvador e meu Deus”. Amém.

Pense
Por que a sua alma está triste? Vire o seu rosto para Deus e volte a sorrir.

"Cada Dia"

Liderança sem comunicação é fantasia




A comunicação é o meio de contato humano necessário às relações sociais. Ela é a maneira pela qual as pessoas se expressam, se aproximam e se distanciam, estabelecendo o seu lugar no mundo, suas necessidades, aprendizagem e desenvolvimento.

Ao se comunicar, o ser humano influencia e é influenciado pela resposta que obtém, incluindo o silêncio já que nos expressamos através de gestos, postura, fala, olhar, etc.

Baseando-se na experiência de consultoria em gestão de pessoas, é possível observar, através de relatórios diagnósticos utilizados no planejamento estratégico do recursos humanos de variadas organizações, a percentagem média de problemas relacionados à comunicação entre líder e liderado. Ela se situa na faixa de 50-60% de queixas apontadas pelos colaboradores pesquisados. Evidencia-se, portanto, um expressivo índice de entraves nas relações, em razão desta deficiência percebida.

Segue-se que, visto a importância crucial da comunicação nas relações humanas, é necessário perguntar:
- Que qualidade de contato está presente entre líder e liderado, se metade dos liderados ou mais percebe deficiência neste campo na vida organizacional?
- Como pode ocorrer entendimento entre as partes se elas não conseguem adequado acesso?
- Com o tempo, que resultados práticos surgem na qualidade de vida dos liderados?
- E na qualidade dos serviços? E a produtividade?

A liderança é uma ocupação estratégica por vários motivos e, destacadamente, pelo papel orientador que assume diante de quem dela depende. Tal orientação se configura por meio da motivação de se empreender, da aprendizagem que permite o acesso às mudanças, da confiança que aprofunda e sustenta o relacionamento cotidiano, do compartilhamento de projetos, frustrações e vitórias. Caso a liderança não seja competente à altura destas necessidades elementares, pouco resta de recurso para a gestão de pessoas.

Líderes que não têm tempo para manter contato com os seus seguidores, alegando estarem atolados em pilhas de papéis, trabalhos sempre urgentes, entre outras explicações, não lideram. Liderança sem contato é fantasia. É claro que não há necessidade de o líder manter-se próximo do liderado em tempo integral. O bom senso requer proximidade e distanciamento para delegar adequadamente, acompanhar as tarefas e orientar, perceber situações de entrave e compartilhar as propostas de soluções, aprender conjuntamente, assumir responsabilidades pessoais e grupais, comunicar e dar e receber feedback.

Não obstante, ao menor sinal de dificuldade de comunicação é preciso investir com vigor na sua dissipação, que oferece risco e distancia gente de gente. Problemas de comunicação criam grupos isolados que travam batalhas entre si, às vezes silenciosa, outras nem tanto. Eles criam mal-estar e rompem o fluxo de informações, além de limitar a integração do pessoal, podendo, em alguns casos, fragmentar consistentemente o relacionamento humano organizacional. As pessoas não se entendem e não se esforçam para tal. A produção pode diminuir, e a produtividade é afetada também. Os resultados ficam comprometidos pela desmotivação e descrença que se instalam pouco a pouco, culminando até em afastamentos.

Boa parte da origem dos problemas de comunicação entre líder e liderado está na liderança. Liderar implica em preocupar-se, entre outros objetivos, com a qualidade de comunicação e de convívio. São competências essenciais na gestão da liderança. É preciso se preparar. Ser líder apenas pelo poder presente na hierarquia do organograma já não é o suficiente para impulsionar as pessoas ao bom relacionamento e ao trabalho desejado.

Por outro lado, liderar através do poder da influência pessoal, baseada na habilidade de promover comunicação parece ser o meio acertado. Seria prudente refletir sobre que tipo de comunicação existe no eixo líder-liderado em nossas organizações.


Reprodução Autorizada desde que mantida a integridade dos textos, mencionado o autor e o site www.institutojetro.com e comunicada sua utilização através do e-mail artigos@institutojetro.com

http://www.institutojetro.com/Artigos/comunicacao_e_marketing/lideranca_sem_comunicacao_e_fantasia.html
Site: www.institutojetro.com
Título do artigo: Liderança sem comunicação é fantasia
Autor: Armando Correa de Siqueira Neto

Quando Deus criou o policial


Deus estava no sexto dia de horas extraordinárias, quando aparece um Anjo e lhe diz:

Estás levando muito tempo nessa criação Senhor! O que tem de tão especial esse homem?

Deus respondeu: tu já viste o que me pedem neste modelo?

Um policial tem que correr 10 km por ruas escuras, subir paredes, pular muros, entrar em matagais, invadir casas que nem um fiscal de saúde pública ousa penetrar, e tudo isso, sem sujar, manchar ou rasgar o seu uniforme.

Tem que estar sempre em boa forma física, quando nem sequer lhe dão tempo para comer.

Tem que investigar um homicídio, buscar provas nessa mesma noite e, no outro dia, ir até o tribunal prestar depoimento. Também tem que possuir quatro braços, para poder dirigir sua viatura, atirar contra criminosos e ainda chamar reforço pelo rádio.

O Anjo olha para Deus e diz: quatro braços? Impossível!

Deus responde: não são os quatro braços que me dão problema e sim três pares de olhos que necessita.

Isto também lhe pedem nesse modelo? – pergunta o Anjo.

Sim, necessita de um par com raios-X, para saber o que os criminosos escondem em seus corpos; necessita de um par ao lado da cabeça para que possa cuidar de seu companheiro e outro para conseguir olhar uma vítima que esteja sangrando e ter discernimento necessário para dizer que tudo lhe sairá bem, quando sabe que isto não corresponde à verdade.

Nesse momento, o Anjo diz: descansa e poderás trabalhar amanhã.

Não posso, responde Deus! Eu fiz um policial que é capaz de acalmar ou dominar um drogado de 130 quilos sem nenhum incidente e, ao mesmo tempo, manter uma família de cinco pessoas com seu pequeno salário. Ele estará sempre pronto para morrer em serviço, com sua arma em punho e com sentimento de honra correndo junto ao sangue.

Espantado o Anjo pergunta a Deus: mas Senhor, não é muita coisa para colocar em um só modelo?

Deus rapidamente responde: não. Não irei só acrescentar coisas, mas também irei tirar. Irei tirar seu orgulho pois, infelizmente, para ser reconhecido e homenageado ele terá que estar morto. Ele também não irá precisar de compaixão: pois, ao sair do velório de seu companheiro, ele terá que voltar ao serviço e cumprir sua missão normalmente.

Então ele será uma pessoa fria e cruel? - Pergunta o Anjo.

Certo que não – responde Deus.

Ao chegar em casa, deverá esquecer que ficou de frente com a morte, e dar um abraço carinhoso em seus filhos dizendo que está tudo bem.

Terá que esquecer os tiros disparados contra seu corpo, ao dar um beijo apaixonado em sua esposa. Terá que esquecer as ameaças sofridas, ao ficar desesperado quando o salário não der para pagar as contas no final do mês e terá que ter muita, mas muita coragem para no dia seguinte, acordar e retornar ao trabalho, sem saber se irá voltar para casa novamente.

O Anjo olha para o modelo e pergunta: além de tudo isso, ele poderá pensar?
Claro que sim! – Responde Deus.

Poderá investigar buscar e prender um criminoso em menos tempo que cinco juízes levam discutindo a legalidade dessa prisão… Poderá suportar as cenas de crimes às portas do inferno, consolar a família de uma vítima de homicídio e, no outro dia, ler nos periódicos que os policiais são insensíveis aos “Direitos dos Criminosos”.

Por fim, o Anjo olha o modelo, passa-lhe os dedos pelas pálpebras e fala para Deus: tem uma cicatriz e sai água. Eu te disse que estavas pondo muito nesse modelo!

Não é água, são lágrimas… Responde Deus.
E por que lágrimas? – Perguntou o Anjo.

Deus respondeu: Por todas as emoções que carrega dentro de si…
Por um companheiro caído…
Por um pedaço de pano chamado bandeira…
E por um sentimento chamado justiça!

És um gênio! – responde-lhe o Anjo.

Deus o olha, todo sério, e diz: não fui eu quem lhe pus lágrimas… Ele chora, porque é simplesmente um homem!

Dedicado a todos os guerreiros anônimos, que deixam suas casas, famílias, amigos e sonhos, encarando a morte no combate à criminalidade, garantindo assim a ordem pública e zelando pela nossa segurança, mesmo que isso custe suas próprias vidas!

“O policial é um acadêmico, que um dia aprendeu na escola que nossas vidas têm mais valor que a dele.”

“… quando o céu está cheio, os anjos policiais caminham pela terra.”

Extraído da Internet

Jesus, nossa Páscoa



A questão principal na Páscoa: estamos ensinando seu verdadeiro significado? Nisto a família e a escola têm falhado. A escola mantém e dissemina a idéia errada sobre a Páscoa, ao comemorá-la com símbolos impostos pela ideologia capitalista que visa o lucro do mercado: vender chocolate. Gosto muito de chocolate, mas, ele não tem nada a ver com a festa da Páscoa, nem o coelhinho, por mais que se force a barra. Perdeu-se o sentido real da Páscoa! Assim como vemos perdendo o sentido do Natal. Para confirmar isso, basta perguntarmos às crianças e até aos adultos, o que é a Páscoa e qual deveriam ser os verdadeiros símbolos que anunciam seu significado original. Já imaginou as respostas? _"Coelho e chocolate”.

O sentido da Páscoa
Todas as festas do povo de Israel eram também educativas. Elas lhes ofereciam o vislumbre de um Deus que operava milagres, dava-lhes plantações exuberantes, que os amava e perdoava. Muitas vezes essas celebrações deixavam na mente dos participantes uma impressão mais forte do que livros e aulas. E é esse nosso objetivo ao comemorarmos as “duas” Páscoas com nossas crianças.

A grande importância histórica da festa da Páscoa se encontra no êxodo, o ato redentor de Deus, pelo qual Israel se tornou povo dele. Deus instruíra aos israelitas a que passassem sangue nos umbrais das portas para que não sofressem a praga da matança dos primogênitos (Êx 12:7).

Além disso, Deus dera instruções detalhadas de como deveriam comemorar a Páscoa. E naquela noite, Deus passou pelo Egito matando todos os primogênitos do sexo masculino. Mas não houve morte nas casas cujas portas estavam marcadas com sangue. Então os israelitas passaram a comemorar esta festa, o principal marco de sua libertação e da proteção divina.

“Deus vai até às últimas consequências, ao se revelar aos homens, para que alguns se convertam e vivam eternamente. Logo mostra a podridão das coisas que mais estimamos, como no caso do idolatrado rio Nilo. Nenhum sentimentalismo falso pode fazer Deus reter sua mão, mas no decurso de sua intervenção na vida humana há frequentes possibilidades de arrependimento. Nota-se como cada uma das dez pragas era anunciada de antemão, posta em ação pela rebelião do homem, e retirada ao primeiro sinal da conversão do mesmo.” (B. Vida Nova)
A comemoração: O modo como essa festa era celebrada sofreu diversas modificações no decorrer dos anos. As instruções para a celebração da primeira páscoa, encontradas em Êxodo 12, constituem o plano básico original dado por Deus a eles.

A festa da Páscoa, alegre e solene ao mesmo tempo, era celebrada simultaneamente por todos; mas cada um em sua própria casa. Deviam matar um cordeiro, e assá-lo inteiro. Devia ser comido com pães asmos e alfaces bravas, Êx 12:8. O sangue derramado representava expiação, as alfaces bravas significavam a amargura do cativeiro, os pães asmos eram o emblema da pureza, Lv 2:11; 1Co 5:7,8 . Os israelitas defendidos pelo sangue que os fazia lembrar das aflições de que haviam sido libertados, e santificados para o serviço de Deus, passaram a ser o povo de Jeová em alegre e jubilosa comunhão com Ele.
A ceia pascal devia ser tomada pelos membros de cada família. O chefe da casa recitava a história da redenção. As crianças deviam ser ensinadas sobre sua natureza e seu propósito, Êx 12:26,27; 13:8.

O cordeiro da Páscoa era o sacrifício aceitável, que Deus mesmo tinha instituído.
Jesus é nossa Páscoa (1Co 5:7), é o cordeiro de Deus (Jo 1:29), O cordeiro tinha de ser sem defeito, (Êx 12:5) e Cristo cumpriu esta exigência (1 Pe 1:18,19). Tinha de ser separado para o sacrifício quatro dias antes do dia 14 (Êx 12:3) assim como Cristo entrou em Jerusalém no dia da separação do cordeiro, e morreu no mesmo dia do sacrifício. Precisava ser imolado pela congregação inteira, assim como Cristo foi sacrificado pelos líderes civis e religiosos de Israel e de Roma e pela vontade popular, em prol do mundo inteiro (Êx 12:6). Nenhum osso do cordeiro devia ser quebrado (Êx 12:46) Compare Jo 19:33 e 36. O sangue do cordeiro era símbolo do sangue do Cordeiro de Deus, e faz estar sobre o povo a proteção divina contra a escravidão do pecado e o castigo (Êx 12:13). Assim também, o sangue de Jesus nos liberta da escravidão do sistema e da punição eterna. Jesus não era vítima involuntária, tomada de surpresa pelas circunstâncias. Era um sacrifício deliberadamente oferecido. Jesus Cristo se deu por nós!
“Foi na noite que procedeu a morte de Jesus, que Ele celebrou a última Ceia com os discípulos (Mt 26:17-29). Houve duas ceias: a Ceia Pascal e a Ceia do Senhor. Esta foi instituída no final daquela.

Durante 14 séculos a Páscoa viera apontando para a vinda do Cordeiro Pascal. Jesus comeu a Páscoa, celebrou a Ceia e depois foi morto como o cordeiro Pascal. Ele expirou na cruz no mesmo dia em que no Templo se imolavam os cordeiros pascais.
Assim como a Páscoa apontava para o livramento passado do Egito e para a vinda futura de Cristo, assim também a ceia aponta para Sua morte no passado, e para a Sua vinda futura em glória.

“Portanto, celebremos a festa com esse Cordeiro, e cresçamos fortes na vida cristã, deixando para trás, completamente, a antiga vida cancerosa com todos os seus ódios e maldades. E em seu lugar, festejemos com o pão puro da honra, da sinceridade e da verdade.”
Desejar “Boa Páscoa”, no sentido do puro cristianismo, significa desejar que alguém seja alcançado e ou resgatado pela graça e o amor de Deus e nasça de novo em espírito para viver no Messias uma vida livre e saudável, cheia de alegria, prosperidade e amor, aqui e agora e, num futuro próximo, como conseqüência desta decisão, receber a vida Eterna.

Hag Sameach Pesach! Ou: Feliz Festa da Páscoa!


http://alexaguerra.blogspot.com/
Bibliografia
Manual dos tempos e Costumes Bíblicos - William L. Coleman; Dicionário Bíblico - John Davis.
A Pessoa do Messias nas Festas Bíblicas – de Marcelo Miranda Guimarães , 1999. Manual Bíblico, Henry H. Halley.

Camargo Corrêa quer transposição no Mar Morto




O projeto, de até US$ 5 bilhões, incluiria uma hidrelétrica, aproveitando o desnível entre os dois mares

A Camargo Corrêa, que integra a comitiva do presidente Lula a Israel, Palestina e Jordânia, tentará convencer os governos locais a apoiar um projeto de transposição de águas do Mediterrâneo ao Mar Morto, para garantir abastecimento de água e energia na região. "O Brasil é o único país e Lula o único presidente capaz de andar bem nos três países", disse Fernando Botelho, um dos principais acionistas da Camargo, autor da proposta. O projeto, de até US$ 5 bilhões, incluiria uma hidrelétrica, aproveitando o desnível entre os dois mares.

Quase tão ambiciosos quanto a intenção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de influir no processo de paz entre israelenses e palestinos, são os planos que a Camargo Corrêa leva na comitiva presidencial, que começou ontem em uma visita a Israel, territórios palestinos e Jordânia. A construtora brasileira já mantém contatos com as autoridades locais e quer convencer os governos a apoiarem um projeto de transposição de águas do Mediterrâneo ao Mar Morto, para garantir abastecimento de água e energia na região.

"Temos tecnologia própria para grandes barragens; o Brasil é o único país e Lula o único presidente capaz de andar muito bem pelos três países", argumenta Fernando Botelho, um dos principais acionistas da Camargo Corrêa, autor da proposta. "Temos a única proposta de empreendimento totalmente privado, que reverte aos governos no fim do contrato", defende. O projeto, de US$ 3 bilhões a US$ 5 bilhões, incluiria uma hidrelétrica aproveitando o desnível entre os dois mares, e teria, ainda, uma planta de dessalinização, de custo ainda não calculado, capaz de prover água até para as regiões desérticas que compõem mais de 60% do território israelense.

A Camargo é uma das quase 70 empresas brasileiras que enviaram representantes a Israel e Jordânia, para seminários sobre comércio e investimentos na região. O forte interesse das empresas israelenses em participar dos investimentos em segurança no Brasil para a Copa de 2014 e a Olimpíada de 2016 ajudaram a inflar a participação de empresários do país, que chegará a 200, no seminário. Obras também na Jordânia atraíram representantes das grandes empreiteiras brasileiras.

Desde a década de 70 discutem-se projetos de transposição de águas para enfrentar a progressiva diminuição do Mar Morto, que vem secando e reduz suas margens à alarmante taxa de um metro por ano. O mais recente desses planos, que tem a preferência dos governos da região por localizar as obras nas fronteiras de Israel e Jordânia, é alvo de um estudo de viabilidade do Banco Mundial que deve ser concluído em 12 meses e prevê a transposição de águas do mar Vermelho para o Mar Morto. A Jordânia prefere transferir a água do mar Vermelho para manter todo o projeto em território onde detém soberania.

Botelho convenceu Lula a incluir o projeto na pauta de conversas com autoridades israelenses, palestinas e jordanianas. Ele argumenta que a questão da soberania estará resolvida com a criação de uma empresa internacional com participação de todos os interessados, no modelo adotado por Itaipu. O financiamento independerá dos governos porque o projeto será auto-sustentável, acrescenta. "Estamos falando de uma empresa, cotada em bolsa", diz.

"A maior garantia de soberania é a regularização do abastecimento de água", comenta o empresário. O projeto prevê um túnel de 70 quilômetros do litoral ao mar Morto, 800 metros abaixo da terra sob Israel, dentro do qual seria instalada a hidrelétrica, com capacidade de geração de 1,5 mil MW na ponta e mais de 500 MW de energia firme, atendendo a uma região - especialmente a Jordânia - carente de energia e água. A Camargo tem experiência em usinas do gênero, como Corumbá e Porce III, lembra o empresário.

Antes de elaborar o projeto, já aprovado pelo conselho de administração da Camargo Corrêa, Botelho sobrevoou a região, em um helicóptero. Um dos pontos de seu roteiro foi o lago Kineret, o maior de Israel, antigo Mar da Galileia, administrado em conjunto por Israel e Jordânia, apontado por Botelho como demonstração de que é possível acordo entre os dois países nessa questão delicada. "Mesmo nas piores secas, Israel manteve os compromissos com a Jordânia". Na última visita do presidente de Israel, Shimon Peres, ao Brasil, no ano passado, o tema foi levantado nos encontros com Lula. Botelho chegou a mostrar o projeto ao enviado especial dos EUA ao Oriente Médio, George Mitchell, ao encontrá-lo em Jerusalém, há cerca de duas semanas.

O empenho do executivo esbarra em forte ceticismo devido a resistências nos governos de Israel e Jordânia, mais interessados na transposição das águas do mar Vermelho - projeto caro e mais complexo, diz Botelho. "Sei que é difícil, um desafio diplomático; mas o Brasil não tem interesses na região, isso ajuda". Dificilmente qualquer decisão será tomada antes de se conhecer o estudo de viabilidade do Banco Mundial para o projeto do mar Vermelho, mas Botelho não se incomoda. "Belo Monte levou 30 anos".

Leia Ezequiel 47.7-12 (grifo do Instituto Jetro)

Fonte: Vermelho, 22/03/2010

Perseguição a cristãos na Nigéria





Massacre na Nigéria deixa 528 cristãos mortos

Pelo menos 528 agricultores de aldeias cristãs foram assassinados desde sábado em confrontos com pastores muçulmanos no centro da Nigéria, o país mais populoso da África. Em pelo menos três aldeias ao sul de Jos, capital do Estado de Plateau, homens, mulheres e bebês foram cortados a golpes de facão e tiveram seus corpos queimados.

O presidente nigeriano, Goodluck Jonathan, ordenou que a polícia nigeriana ficasse em estado de alerta máximo para impedir novos ataques. O Vaticano manifestou "dor e preocupação" pela "horrível violência", mas seu porta-voz, Federico Lombardi, evitou fazer comentários de natureza étnica ou religiosa.

John Onaiyekan, arcebispo nigeriano da capital, Abuja, disse que a onda de violência é "um clássico conflito entre pastores e agricultores, só que, neste caso, os pastores são todos muçulmanos e os agricultores são todos cristãos". Segundo ele, as pessoas foram mortas "por reivindicações sociais, não por religião".

Peter Gyang, morador da aldeia de Dogo Nahawa, a mais afetada pelos ataques, disse que os pastores "dispararam para assustar as pessoas e, em seguida, mataram todos com golpes de facão".

Segundo ele, o ataque começou às 3 horas (horário local) e durou até as 6 horas. Durante todo o período, "não foi visto nenhum policial".

O Fórum dos Cristãos do Estado de Plateau publicou um comunicado no domingo no qual acusa o Exército nigeriano de passividade diante dos ataques. "Por que os soldados não intervieram?", perguntou a ONG.

A região já estava sob toque de recolher, que durava das 18 horas às 6 horas, desde janeiro, quando 326 pessoas morreram em confrontos semelhantes nos arredores de Jos, segundo a polícia.

Grupos de direitos humanos falam, entretanto, em mais de 400 mortos nos choques do início do ano.

HORROR

"Aparentemente, a ação estava bem coordenada. Os agressores lançaram ataques de forma simultânea. Muitas casas foram queimadas", disse Shamaki Gad Peter, responsável por uma organização local de direitos humanos, que percorreu as três aldeias afetadas pela onda de violência.

Outra testemunha disse que o grupo de pastores que atacou as aldeias tinha entre 300 e 500 membros. No domingo, centenas de corpos ainda estavam jogados nas ruas, muitos deles sem mãos e pés.

Dezenas de trabalhadores humanitários, vestindo luvas brancas de borracha, trabalhavam na remoção dos corpos. Entre os mortos, há muitas crianças. Os cadáveres estão sendo enterrados em valas coletivas.

O ataque foi cometido por pastores nômades da etnia fulani, de maioria muçulmana, contra os pastores sedentários conhecidos como berom.

Uma fonte do governo citada pela agência de notícias France Presse confirmou que relatórios internos do serviço de inteligência da polícia atribuem a onda de ataques a "grupos islâmicos", que já vinham incitando a violência contra os berom.

Ontem, o comércio das cidades de Plateau estava de portas fechadas. A maioria dos moradores permaneceu em suas casas, trancados, temendo uma nova onda de ataques.

Desde 1999, pelo menos 14 mil pessoas morreram em conflitos étnicos e religiosos na Nigéria, de acordo com o International Crisis Group, com sede em Bruxelas, na Bélgica.

Fonte: Estadao.com.br, 09/03/2010

Cachorro com sorriso humano




Conheça Riley, o cachorro com sorriso humano
Animal surpreende até dona com 'expressões humanas'.
Em seu primeiro aniversário, ele ganhou festa com bolo e parabéns.

Riley poderia ser mais um cachorro da raça poodle se não fossem suas exuberantes expressões, bem parecidas com as dos humanos.

O cachorro da estudante Maureen Ravelo, de 22 anos, de San Jose, California (EUA), tem surpreendido até mesmo sua família com "sorrisos" espontâneos.

"Ele sempre nos surpreende com expressões diferentes que nos fazem esquecer que ele é um cachorro", disse Maureen ao jornal inglês "Metro".

Riley é tão especial que ganhou uma festa de primeiro aniversário com direito a bolo, chapéu e parabéns.

Visivelmente satisfeito, ele "sorriu" para a foto.

A Videira e os ramos



PERMANEÇAM EM MIM, E EU PERMANECEREI EM VOCÊS!

Jesus disse: “Permanecei em mim, e eu permanecerei em vós”.

A imagem que Ele criou para dizer isto é a de uma videira com seus ramos.

Ele é a Videira Verdadeira, nós somos os ramos. É Dele que vem nossa vida.

A questão é: Se estou Nele, assim como um ramo está numa videira, como posso não permanecer Nele?

Isto só poderia acontecer na mesma medida em que um ramo-auto-consciente pudesse saltar fora da Videira, seria a resposta.

A questão, todavia, se renova: Como pode um ramo, mesmo que tivesse auto-consciência, desejar saltar para fora da Videira? Pode tal coisa acontecer?

Poderia... se o tal ramo sofresse de Síndrome de Auto Existência; que uma doença muito freqüente entre religiosos e moralistas, por incrível que pareça.

Somente um ramo muito cheio de si mesmo—sofrendo de uma Síndrome de Lúcifer Vegetal—, é que tentaria tal coisa maldita.

Entre os humanos-ramos tal rebelião significa uma rejeição do amor de Deus, e do amor; e de sua versão mais humana: a misericórdia.

Isto porque na mesma ocasião em que Jesus falou da Videira e dos ramos, Ele também disse que “permanecer Nele” equivale a guardar os Seus mandamentos. E, como disse João, os mandamentos Dele têm a sua síntese numa só coisa: amor... porque...Deus é amor.

Desse modo, permaneço Nele, mesmo sendo um ramo que carece de podas e tratos; sim, fico plantado onde pertenço: no amor e na Graça de Deus.

Esse que fica aí, na Videira, se alimenta de amor. E dá frutos da mesma natureza; sendo que o mais verificável de todos eles é a misericórdia; visto que o exercício da justiça cai num campo onde um erro pode ser fatal; pois a justiça pode se equivocar, e matar...

Os equívocos da misericórdia, todavia, são todos para a vida. Por isto mesmo a misericórdia triunfa sobre o juízo, porque Deus não é deus da morte, mas da Vida.

Assim como Perdão É perdão; e Misericórdia É misericórdia; do mesmo modo o amor de Deus tem que produzir amor; mesmo que seja o amor do publicano que chora na devoção dos culpados-esperançosos e verdadeiros.

É assim que se fica sabendo que para não permanecer na Videira o indivíduo-ramo tem que dizer: “Eu posso cuidar de mim mesmo; já sei como é a vida; já estou maduro; já provei para mim mesmo que não caio; obrigado Senhor por teres me feito justo”.

Nesse dia-momento-estado-de-ser o ramo é lançado por-si-mesmo-fora, e queimará no fogo de sua própria vaidade.

Então, nesse dia, ele verá que sua vara sacerdotal não recebe a seiva invisível que ressuscitou a vara sacerdotal de Arão.

“Sem mim nada podeis fazer”, é o veredicto.

Porém, um crente, diz: “Eu oro e peço que Ele me abençoe em tudo. Por isto estou na Videira”.

A pergunta, no entanto, é outra: “O que tu fazes aí, sozinho, com tuas orações, cheias de justiça própria e auto-suficiência? Pois, enquanto pedes a benção da prosperidade, negas a benção mais simples, que é a misericórdia!”

Cuidado! O perigo não mora fora, mas onde sempre morou: dentro...onde os juízos, e seus ódios fazem seus ninhos de peçonha e morte.

Assim, como não desejo, e como sei que sem a seiva desse amor eu não sou, eu nada faço, apenas permaneço; visto que sei que não há vida fora desta Videira.

Permaneço. Ele Permanece em mim. Nele eu sou.

Permanecer na Videira? Sim, eu só sou Nela!

E os mandamentos? Você os cumpre? —me pergunto.
Não! Não! Não! eu não consigo cumpri-los!

E se a síntese deles é amor, então, aí mesmo é que não posso me oferecer como fiel.

E o que você faz?—seria ridículo dizer que é isto que me pergunto, pois, para escrever este texto eu tive, há muito tempo no passado, que decidir que minha existência era na Videira, e que eu não a deixaria nem morto, apesar de me achar um “enxerto” da última hora.

Assim, eu fico: amando muito mais o amor Dele por mim do que amando-O, como seria o mandamento.

Todavia, eu sei, sinto, creio, e vejo, que quanto mais eu digo que não sou, mais me torno; e quanto mais tenho consciência de minha insuficiência, mais seiva corre em mim.

Então, entendo que permanecer Nele é saber que para mim só há vida Nele.

Assim... fico... porque permaneço no mandamento; pois se não os cumpro a todos, e muito menos à síntese deles, que o amor; todavia, sei que é assim que um ramo-pecador pode permanecer Nele.

Permaneço em Seu amor, confessando o meu desamor; e busco misericórdia revelando misericórdia ao meu semelhante; pois amor é um passo para a santidade que eu não tenho como dar de moto próprio; porém, miseri-cór-dia, é o lugar onde eu vivo! ; visto que miseri-cór-dia é um "coração" (cór) que entende a "miséria" à partir da sua própria; e esta devoção eu posso praticar; não sei nem como, mas, posso...

Posso? Não! Eu não posso. É por isto que eu Permaneço.

Caio

Ninguém é insubstituível?




Esse texto corre na internet. Talvez você já o tenha lido, mas sempre vale a pena pensar sobre o tema. Boa leitura.


Será mesmo que você é substituível ?

Na sala de reunião de uma multinacional o diretor nervoso fala com sua equipe de gestores.
Agita as mãos, mostra gráficos e, olhando nos olhos de cada um ameaça: "ninguém é insubstituível".
A frase parece ecoar nas paredes da sala de reunião em meio ao silêncio.
Os gestores se entreolham, alguns abaixam a cabeça. Ninguém ousa falar nada. De repente um braço se levanta e o diretor se prepara para triturar o atrevido:
- Alguma pergunta?
- Tenho sim. E Beethoven?
- Como? - o encara o gestor confuso.
- O senhor disse que ninguém é insubstituível e quem substituiu Beethoven?
Silêncio.
O funcionário fala então:
- Ouvi essa estória esses dias contada por um profissional que conheço e achei muito pertinente falar sobre isso.
Afinal as empresas falam em descobrir talentos, reter talentos, mas, no fundo continuam achando que os profissionais são peças dentro da "máquina"(organização) e que, quando sai um, é só encontrar outro para por no lugar.
Quem substituiu Beethoven? Tom Jobim? Ayrton Senna? Ghandi? Frank Sinatra? Garrincha? Santos Dumont? Monteiro Lobato? Elvis Presley? Os Beatles? Jorge Amado? Pelé? Paul Newman? Tiger Woods? Albert Einstein? Picasso? Zico?
Todos esses talentos marcaram a história fazendo o que gostam e o que sabem fazer bem, ou seja, fizeram seu talento brilhar. E, portanto, são sim insubstituíveis.
Cada ser humano tem sua contribuição a dar e seu talento direcionado para alguma coisa. Está na hora dos líderes das organizações reverem seus conceitos e começarem a pensar em como desenvolver o talento da
sua equipe focando no brilho de seus pontos fortes e não utilizando energia em reparar seus 'erros/ deficiências'.
Ninguém lembra e nem quer saber se Beethoven era surdo, se Picasso era instável, Caymmi preguiçoso, Kennedy egocêntrico, Elvis paranóico ...
O que queremos é sentir o prazer produzido pelas sinfonias, obras de arte, discursos memoráveis e melodias inesquecíveis, resultado de seus talentos.
Cabe aos líderes de sua organização mudar o olhar sobre a equipe e voltar seus esforços em descobrir os pontos fortes de cada membro .
Fazer brilhar o talento de cada um em prol do sucesso de seu projeto.

Se seu gerente/coordenador/diretor, ainda está focado em 'melhorar as fraquezas' de sua equipe corre o risco de ser aquele tipo de líder/técnico, que barraria Garrincha por ter as pernas tortas, Albert Einstein por ter notas baixas na escola, Beethoven por ser surdo. E na gestão dele o mundo teria perdido todos esses talentos.

Seguindo este raciocínio, caso pudessem mudar o curso natural, os rios seriam retos não haveria montanha, nem lagoas nem cavernas, nem homens nem mulheres, nem sexo, nem chefes nem subordinados . . .apenas peças.
Nunca me esqueço de quando o Zacarias dos Trapalhões 'foi pra outras moradas'. Ao iniciar o programa seguinte, o Dedé entrou em cena e falou mais ou menos assim: "Estamos todos muito tristes com a 'partida' de nosso irmão Zacarias... e hoje, para substituí-lo, chamamos:.... Ninguém ... pois nosso Zaca é insubstituível"

Portanto nunca esqueça: Você é um talento único... com toda certeza ninguém te substituirá!

"Sou um só, mas ainda assim sou um. Não posso fazer tudo, mas posso fazer alguma coisa. Por não poder fazer tudo, não me recusarei a fazer o pouco que posso."

Usando no Nome de Deus em vão

Hoje estive pensando o quanto as pessoas tem tomado o nome de Deus em vão.

O pior é que a maioria das pessoas até mesmo desconhece que esteja agindo assim ou, na maioria das vezes acredita que o "fim justifica os meios".

O escritor do livro de Deuteronômio (parte integrante das escrituras judaicas) menciona que o nome de Deus não pode ser usado em vão (Dt. 5:11).
Também em outro livro judaico, intitulado Provérbios, seu escritor, Salomão, filho de Davi, solicita que Deus não o dê riquezas para que não esqueça de Seu Nome, ou pobreza, para que não envergonhe Seu Nome.

Por Salomão são apresentados dois problemas principais:
1) Esquecer-se de Deus.
2) Utilizar o Nome de Deus de forma inútil, incorreta ou vergonhosa.


O primeiro problema para mim não existe, porque esquecer-se de Deus é impossível para qualquer ser humano, inclusive para os ateus que, ao negarem sua crença em Deus, estão, instantaneamente lembrando-se Dele.

O segundo problema, e maior de todos (creio eu), é sobre a utilização do Nome de Deus em vão.


É comum vermos casos de pessoas que atribuem a Deus seus próprios atos.

Em setembro de 2009 um pastor evangélico sequestra um avião no México e, ao ser preso disse que Deus tinha mandado ele pegar o avião, era uma "revelação divina".

Recentemente me contaram de um casal evangélico, empresários, que só admitem pessoas da mesma igreja em sua empresa. Me disseram que este casal, quando quer dispensar um funcionário diz que "Deus mostrou que temos que te demitir".

Conheço pessoas que se eximem da responsabilidade sobre suas decisões abrindo a Bíblia, atribuindo a resposta a Deus. Por exemplo, na hora de comprar um carro, abre a Bíblia e, de acordo com o texto lido, define se vai comprar o carro ou não, este diz que "o Senhor quer que eu compre este carro".

Ouvi de uma pessoa que havia cancelado seu noivado porque Deus teria decidido assim.

Em uma igreja evangélica uma pessoa disse que Deus tinha falado que não estava na hora de uma certa pessoa se batizar no dia em que a congregação estava se preparando para batizar diversas pessoas.

Conheço uma pessoa que estava passando por problemas financeiros e foi a um oráculo evangélico (uma destas profetisas), lá esta pessoa sabendo da pendenga disse que "deus me falou que vai providenciar a solução". Após isto eles tiveram contato com um agiota que cobra dez por cento de juros, mas, que faria o empréstimo por cinco por cento. Tal pessoa disse que Deus havia feito este processo e que o agiota foi enviado por Deus. Pouco tempo depois eles atrasaram os pagamentos ao agiota, que, aumentou os juros para dez por cento.
Claramente que aquilo que estavam imaginando que "foi Deus", na realidade não foi nada disto.

Muitos terroristas matam pessoas em nome de Deus.

Existe um problema muito sério quanto a atribuir a Deus coisas que não tem nada a ver com Ele.

Esse Deus à qual atribuímos nossas próprias decisões e desejos é apenas um ser criado por nós para nosso deleite.

Ou seja, é mais fácil atribuir responsabilidades a um "deus fictício" do que assumirmos a responsabilidade sobre nossas ações.

Porém, a pessoa que tem a capacidade de atribuir suas atitudes a este "ser imaginável" pode cometer qualquer crime.

Muitos acreditam terem suas vidas dirigidas por Deus, porém, não percebem que existe uma manipulação delas próprias para com Deus.
Na realidade estas pessoas estão manipulando "deus" sem perceberem, elas estão manipulando aquele "deus" que elas mesmas criaram.


Analise sua vida para descobrir se você não está crendo em um "deus" que não passa de uma criação de sua mente.

Analise sua vida para descobrir se você não está o tempo todo "usando" este Deus para seu próprio benefício.


Evaldo Wolkers.
Imagem retirada do site: http://opovo.uol.com.br/colunas/kelmericas/842590.html

Não seja vulgar

As pessoas inteligentes se armam com munição de saber requintado; um saber prático e atualizado; mais informativo do que vulgar. Possuir uma dose temperada de ditos espirituosos e de feitos galantes para os utilizar no momento oportuno. As vezes, o que é dito brincando instrui melhor que a seriedade. Para alguns, o conhecimento obtido através de uma conversa foi mais valioso do que todas as sete artes, não importando quanto sejam liberais.

Não ser vulgar em nada, sobretudo no gosto. Sábio aquele que fica descontente quando as coisas agradam a muitos! As pessoas sensatas nunca se satisfazem com aplausos. Alguns são tão camaleões da popularidde que preferem o sopro vulgar da multidão do que as suavissimas brisas de Apolo. Também não seja vulgar no discernimento. Não aprecie os milagres do vulgo, pois não passam de charlatanismo. A multidão se encanta com a tolice e não presta qualquer atenção a um bom conselho.

Baltazar Gracian em "A Arte da Prudência"

Mulher


Seu nome é coragem ó mulher;
Sai à luta de cabeça erguida...
Enfrenta um leão a cada dia;
E sempre disposta a ganhar a luta...
cansaço e fadiga isso ela conhece muito bem
Mas não costuma entregar os pontos fácilmente
Pois foi criada para suportar tais coisas!
A dor costuma... Ser já bem conhecida
Principalmente na hora de gerar outra vida;

Mulher
Ser de força, coragem, e sensibilidade...
Pureza esse é o seu nome ó mulher;
Existem as guerreiras
As sensíveis e dóceis.
As glamorosas e maravilhosas;
Aquelas mais simples sem nenhum tipo de vaidades
As duronas, as de poucas palavras ...

Mulher
Mãe protetora que doa sua vida aos filhos
Mulher, namorada, esposa, amante, amiga
Enfim dedicada e terna companheira;
Mas totalmente iguais em uma coisa!
Lutam pelo respeito e igualdade no mundo

Mulher
Rosa, é o seu nome...
Porque na verdade
São realmente rosas e flores
Que enfeitam os jardins do mundo;
Tens belezas raras que com seu perfume encanta;
Seu olhar é de paz, e transmite todo o carinho
Toda paz e sabedoria do seu interior...
Nos momentos difíceis abre seu melhor sorriso
Trazendo assim um foco de esperança
Ao coração desanimado;

Mulher
Símbolo de vida e de criação
Sabe a hora exata de agir, partilhando assim com
Quem precisa
Todo o seu amor;
Amor pela vida
Amor pela sua família, pelos seus irmãos de fé
E principalmente amor e louvor ao seu criador!

Autora - Simone
orquidiarosa.blogspot.com/

Meus sinceros parabéns pelo seu dia
Oito de Março Dia internacional da mulher

Entregando as coroas




“os vinte e quatro anciãos prostrar-se-ão diante daquele que se encontra sentado no trono, adorarão o que vive pelos séculos dos séculos e depositarão as suas coroas diante do trono, proclamando:” (Apocalipse 4:10 ARA)

Chamou minha atenção certo dia, ouvindo um grande homem de Deus ministrando a Palavra, o fato dos anciãos depositarem suas coroas. Havia tantos ali, por que justamente eles? Será que é por que leva uma vida para ser coroado? Não meu querido leitor, estou convencido que não. Leva uma vida para aprender a ter a humildade de entregar a coroa.

Custou-me 42 anos de idade, 23 anos de convertido, para eu entender isso. Minha coroa é tudo aquilo que eu conquistei. Meus bens, talentos, títulos, almas, até mesmo dons que desenvolvi depois de Deus ter me brindado com eles. É preciso ser ancião para ter a maturidade de comparecer diante do Trono e depositar sua coroa. Se eu fosse um jovem ainda cheio de vigor (ainda que para glória do Senhor tenho muito azeite na botija), seria indescritivelmente mais fácil encher o peito e requisitar o que é meu por direito. Não seja assim meu irmão, o que merecemos é a morte, salário pelo nosso pecado. Todo restante, melhor que isso, é presente de Deus por graça e favor de Sua parte.

Se nós aprendermos esta verdade e levarmos tudo que conquistamos diante do Pai, entregarmos a Ele, prostrados diante Dele, estaremos demonstrando maturidade, mesmo para aqueles que gozam de poucos anos cronológicos em suas vidas. Não posso aceitar que ancião seja necessariamente alguém velho, mas sim experiente.

Precisamos aprender que a verdadeira vitória não tem qualquer relação com o que conquistamos, onde chegamos ou o que acumulamos. Tem tudo a ver, na verdade, com o que me tornei depois da batalha. Isso vale para quem teve um câncer ou para quem deixou um vício e até mesmo, para glória de Deus, quem parou de mentir. Não importa, meu irmão. Vença em nome de Jesus e torne-se melhor.

“Senhor, obrigado por me mostrar que tenho muito para te entregar, pois tudo vem de Ti. Ensina-me a verdadeira humildade e a verdadeira vitória.”

Mário Fernandez
Deixe o seu comentário no site: http://www.ichtus.com.br/dev/2010/03/11/entregando-as-coroas/

O mundo precisa de pessoas

• Que não podem ser compradas;

• Que a sua palavra é a sua honra;


• Que colocam o caráter acima da riqueza;

• Que possuam opiniões e vontades;


• Que são maiores que seus empregos;

• Que não hesitam em assumir riscos;


• Que não irão perder sua individualidade numa multidão;

• Que serão honestas nas coisas pequenas e nas grandes;


• Que não se comprometerão com o que é errado;

• Cujas ambições não estão confinadas aos seus desejos egoístas;


• Que não irão dizer que fizeram algo “porque todo mundo fez”;

• Que são verdadeiros com seus amigos que têm boa ou má fama, na adversidade e na prosperidade;


• Que não acreditam que a astúcia, malícia e teimosia são as melhores qualidades para se alcançar o sucesso;

• Que não têm vergonha ou medo de lutar pela verdade quando ela for impopular;


• Que conseguem dizer “não” enfaticamente, apesar do resto do mundo estar dizendo “sim”.

19 maneiras de iniciar uma conversa com os filhos

Aqui estão dezenove perguntas que você pode usar para começar uma conversa com seus filhos:

1. Qual foi o presente mais legal que você já ganhou?

2. O que faz você rir?

3. Qual é a sua comida favorita?

4. Onde gostaria de passar as férias, se pudesse escolher qualquer lugar do mundo?

5. Se tivesse que se mudar e pudesse levar só uma coisa, o que levaria?

6. Como você descreveria o pai ou mãe “ideal”?

7. O que gostaria de fazer muito bem?

8. Qual é a sua música favorita?

9. Como é o seu melhor amigo?

10. Como você se descreveria para alguém que não o conhece?

11. Alguma vez você se sentiu orgulhoso de si mesmo?

12. Que tipo de loja gostaria de administrar?

13. Se recebesse 5.000 reais de presente – como gartaria?

14. Qual é o seu cômodo predileto na casa? Porque?

15. Que tipo de trabalho você quer ter daqui a 20 anos?

16. Se alguém pudesse dar qualquer coisa que você pedisse de aniversário – o que pediria?

17. O que você gostaria de inventar para tornar a vida melhor?

18. O que incomoda você?

19. Que tipo de troféu gostaria de ganhar?

Manual da família para a TV

Fácil não é. Mas quem sabe alguma das dicas abaixo possa ajudar?

1. Decida com antecedência o que você quer assistir.

2. Inclua as crianças na escolha da programação.

3. Desligue a televisão durante as refeições.

4. Estabeleça um limite de tempo diário para assistir televisão com a meta de diminuí-lo.

5. Assistam televisão juntos, como um casal ou família (nunca sozinhos).

6. Sempre façam o dever de casa ou os afazeres domésticos antes (uma regra sugerida para cada membro da família – uma hora de leitura antes de uma hora de televisão).

7. Estabeleça regras para as babás (caso tenham).

8. Adquira uma boa coleção de vídeos familiares como escolhas alternativas.

9. Preste atenção na classificação.

10. Conversem sobre o que vocês assistem.

11. Avalie o que você vê em termos de violência, linguagem, contudo sexual, moralidade, respeito pelos indivíduos e precisão.

12. Aproveitem o tempo em que vocês estão assistindo televisão juntos para fazer massagem e aconchegar-se.
De: "Listas para Aquecer o Coração"

Sendo um Homem Autêntico

Um homem autêntico:


1. Inclui a esposa nos planos futuros.
2. Aceita a responsabilidade espiritual por sua família.
3. Está pronto a dizer “me desculpe” e “me perdoe” à família.
4. Discute as responsabilidades da casa com a esposa e age para que sejam distribuídas justamente.
5. Consulta a esposa em toda grande decisão financeira.
6. Mantém os compromissos que ele fez com a esposa.
7. Frequentemente diz à sua esposa o que gosta nela.
8. Provê financeiramente o básico para a subsistência da família.
9. Procura divertimento para poder estar junto da mulher e família.
10. Ora com a esposa regularmente.
11. É aquele que inicia importantes tradições familiares.
12. Programa passeios familiares regularmente.
13. Separa um tempo para dar aos filhos instruções práticas sobre a vida, que darão a eles a confiança nos seus semelhantes.
14. Gerencia a agenda da casa e antecipa qualquer ponto de pressão.
15. Mantém sua família financeiramente saudável e longe de dívidas prejudiciais.
16. Provê um testamento para ele e a esposa e forma um plano bem idealizado para seus filhos em caso de morte.
17. Mantém sua esposa e filhos dentro do seu coração.
18. Honra sua esposa em público.
19. Incentiva a mulher a crescer como indivíduo.
20. Provê tempo para suas esposa buscar seus interesses pessoais.

Intimidade Familiar

Quando o marido se preocupa somente com seus interesses, e a esposa com os dela, a base do casamento se desfaz. Construindo intimidade em cada uma das seguintes áreas, você irá fortalecer o seu casamento e aumentar o seu amor.


1. Intimidade Emocional:
Estar atento aos sentimentos do outro.


2. Intimidade Intelectual:
Compartilhar pensamentos, idéias, opiniões e crenças.


3. Intimidade Estética:
Aprecia a beleza e o talento artístico da vida.


4. Intimidade Recreativa:
Excitar-se e divertir-se como um casal.


5. Intimidade no Trabalho:
Fazer as tarefas comuns do dia-dia como um time.


6. Intimidade na Crise.
Apoiando-se quando os tempos forem difíceis.


7. Intimidade Sexual:
Unindo-se através de uma proximidade física.


8. Intimidade Espiritual:
Mantendo-se perto de Deus e encorajando a fé do outro.

Trampolins para uma conversa profunda

Nos momentos de intimidade familiar, algumas dicas para iniciar um bom papo:

1. Qual é a melhor coisa que já aconteceu com você?

2. Qual foi sua experiência de vida mais dura?

3. Quais são suas ambições secretas, seus alvos para a vida?

4. Quais são seus medos mais profundos?

5. O que você mais aprecia em mim?

6. Quais características minhas você gostaria de mudar?

7. Quais são as pessoas que você mais admira?

A Igreja está enferma?

Durante muitos anos, a voz de sotaque inconfundível foi familiar aos crentes brasileiros: “Que Deus os abençoe rica e abundantamente”, dizia o fundador da Igreja Pentecostal de Nova Vida pelas ondas da Rádio Relógio Federal. O missionário canadense Robert McAlister, carinhosamente conhecido no Brasil como bispo Roberto, teve papel destacado na inserção do Evangelho entre as classes médias urbanas. A denominação que fundou ajudou a mudar o conceito da sociedade acerca dos evangélicos – e, passados dezesseis anos de sua morte, seu legado é incontestável. “Ele deixou um exemplo de seriedade e valorizou a vocação pastoral”, diz, com orgulho, seu filho e sucessor no ministério, Walter McAlister Jr.

Mas os tempos e a Igreja Evangélica são outros. E Walter, mais do que ocupar o púlpito que um dia foi de Roberto, hoje é um analista do segmento no qual nasceu, cresceu e construiu sua carreira ministerial. Aos 53 anos, o bispo está lançando O fim de uma era (Anno Domini), livro no qual fala como observador e participante ativo do movimento evangélico nacional, com todas as suas facetas, crises e paradoxos. Mas a experiência própria não é a única credencial que ostenta – Walter, nascido nos Estados Unidos e naturalizado brasileiro, tem uma sólida formação acadêmica e teológica, que inclui os cursos de graduação e mestrado em disciplinas como psicologia e estudos bíblicos na América do Norte. Ordenado ministro do Evangelho em 1980, ele hoje é o bispo primaz e presidente do Colégio dos Bispos da Aliança das Igrejas Cristãs Nova Vida, entidade que agrega 140 congregações.

O quadro que emerge de seu livro não é animador. Walter prevê o fim da Igreja – não o corpo místico de Cristo, que segundo ele “nunca falirá”, mas o atual conceito de igreja no Brasil. “A Igreja Evangélica hoje não cresce, incha. A diferença é que um corpo, quando cresce, mostra saúde; já o inchaço é sintoma de alguma doença”, aponta. Como outros indícios desse mal, o bispo aponta a superficialidade, o mundanismo, a falta de ética e a corrupção. “Aliás, no que tange à corrupção do mundo secular, ela em pouco difere da que se alastra nos meios cristãos”, lamenta. Durante esta conversa com CRISTIANISMO HOJE, Walter McAlister admitiu que lhe dói o coração ver a situação da Igreja contemporânea: “Queria ser mais gentil. Mas há momentos em que se faz necessário e urgente dizer a verdade dura, mesmo que isso nos custe muito.”


CRISTIANISMO HOJE – Em O fim de uma era, o senhor analisa a Igreja contemporânea, e o quadro que traça não é nada animador. Trata-se de uma instituição falida?

WALTER MCALISTER – Não, a Igreja nunca falirá. Ela é o corpo de Cristo e consegue sempre atravessar os séculos, mesmo que seja por meio de um remanescente fiel. Mas O fim de uma era trata do conceito atual de igreja no Brasil, e este sim, está prestes a falir. Ela está à beira de uma série de mudanças que serão percebidas como o fim, se não da Igreja como um todo, certamente de um “sonho” ou de um ideal que hoje ocupa o imaginário cristão.

No livro, o senhor chega a falar até mesmo do fim do atual modelo de cristianismo ocidental. Caso esteja certo em seu prognóstico, o que virá depois dele?

Historicamente, o que geralmente se segue a épocas como a nossa é um período de perdas, perseguições e desencanto. Os que se preparam para tais épocas promovem reflexão, semeando para uma nova era de vigor e devoção. Em primeira instância, haverá muito choro, revolta e medo. Haverá quem vá perguntar o que deu errado e os que se calarão, pasmos pelas perdas. Muitos fugirão dos líderes desacreditados. As coisas podem piorar ainda mais. Mas há sempre a possibilidade de renovação em meio aos escombros. O remanescente fiel se voltará para Deus em oração. Haverá redutos de oração intercessória, contrição e comunhão.

Alguns demógrafos preveem que os crentes poderão ser metade da população nacional já por volta da década de 20 deste século. Poucas nações do mundo experimentaram avanço tão notável de um segmento religioso na história contemporânea, fato que é muito festejado por líderes evangélicos – e criticado por outros tantos, que não têm enxergado qualquer mudança significativa na sociedade a partir dessa maior presença evangélica. É um paradoxo?

A Igreja Evangélica no Brasil hoje não cresce, incha. A diferença é que um corpo, quando cresce, mostra saúde; já o inchaço é sintoma de alguma doença. A qualidade da nossa devoção coletiva caiu muito, embora os nossos números tenham crescido. Os que não veem mudança estão equivocados. Mudou muita coisa, sim. No livro, mostro que tanto a sociedade quanto a Igreja Evangélica visível se tornaram mais superficiais, mais fascinadas pelos meios, mais gananciosas – e ficaram menos éticas e menos sérias. Aliás, no que tange à corrupção do mundo secular, ela em pouco difere da corrupção que se alastra nos meios cristãos.

Cada vez mais pessoas famosas, como artistas e celebridades, têm frequentado igrejas, mas essa alegada conversão parece não interferir em seu comportamento. Qual o preço disso para a fé evangélica?

A fé foi banalizada e transformada numa filosofia vazia. Em grande parte, a Igreja perdeu a sua alma. O fato de celebridades afirmarem conversão sem o necessário fruto de arrependimento é o resultado direto, e mais visível, de uma distorção da mensagem cristã. Afirmar que uma profissão pública de fé é o suficiente para que alguém se considere salvo reduz o conceito da salvação a um momento de decisão apenas. Mas Tiago disse que fé sem obras é morta. Muitos chegarão a Cristo, no último dia, fazendo uma “profissão” de fé. Mas obterão uma resposta condenatória, por eles terem praticado o mal. Paulo disse que o justo viverá pela fé, mas também disse que haverá ira e indignação para os que são egoístas, que rejeitam a verdade e seguem a injustiça, conforme Romanos 2.7 e 8.

O senhor aponta os líderes evangélicos como grandes responsáveis pela crise da Igreja. Qual a sua avaliação sobre a liderança evangélica brasileira?

A liderança evangélica brasileira reúne de tudo um pouco. Ocupamos um espectro largo, que vai dos mais corruptos e hipócritas aos mais piedosos e angustiados com a situação atual. Há homens muito bons no Brasil que querem servir ao Senhor, mas são pressionados, qual Arão, a fabricar bezerros de ouro para agradar o povo e garantir, por exemplo, uma reeleição a seu posto. Mas também há lideres que vendem seus púlpitos a agendas políticas, ou pior, traem sua vocação sacerdotal se candidatando pessoalmente a cargos eletivos. Há mercantilistas que usam o Evangelho como desculpa para vender seus produtos na TV, enriquecer ou obter benesses de poderosos. Para eles, a Bíblia é um pretexto e não uma autoridade. São pessoas equivocadas ou corruptas, que criam igrejas vaidosas, vazias e superficiais. Por outro lado, há homens que se dedicam, de corpo e alma, ao serviço do povo de Deus. Não são famosos, mas estão dando sua vida em prol do rebanho do Senhor.

Por que a Igreja contemporânea tem abandonado temas antes considerados inegociáveis, como arrependimento, justificação pela fé, juízo de Deus, céu e inferno e segunda vinda de Cristo?

Porque essas não são mensagens populares. Elas incomodam aqueles que procuram na fé apenas um meio de alcançar bem estar. Somos uma civilização narcisista, uma sociedade que define o mundo a partir da sua própria vontade. Como já aconteceu inúmeras vezes ao longo da história da Igreja, a proclamação do Evangelho hoje rende-se muitas vezes às questões do dia a dia, da moda ou dos anseios da sua geração.

E quanto aos assuntos básicos da fé e da prática evangélica, como batismo, liturgia e pecado? Na sua opinião, as igrejas têm falhado no ensino?

A Igreja sofre, de modo geral, de um analfabetismo bíblico e teológico, bem como uma miopia histórica surpreendente. Pelo nível de ignorância bíblica que percebo na maioria dos cristãos, associado à ausência de piedade demonstrada pelo povo de Deus, eu diria que alguém está deixando a dever. Esse problema não acha sua fonte no rebanho, mas nos pastores. É bom lembrar que foram os líderes das sete igrejas do Apocalipse que foram cobrados pela condição dos rebanhos.

Evangélicos sempre criticaram católicos por suas concessões à religiosidade popular e às superstições religiosas. A Igreja Evangélica brasileira pratica hoje uma fé sincrética?

Sem dúvida! No que diz respeito à religiosidade popular, já ultrapassamos os católicos. Aliás, de uns tempos para cá, os católicos até estão copiando as nossas práticas populares.

É possível falar-se em unidade do Corpo de Cristo diante da infinidade de igrejas e denominações que existem hoje?

A unidade do Corpo de Cristo não é um projeto, é um fato. Ao mesmo tempo, Paulo disse que é necessário que haja divisões entre nós para que os aprovados sejam conhecidos, conforme I Coríntios 11. Logisticamente, a união institucional é impossível; sempre foi assim, desde a Igreja do primeiro século, com todas as suas divergências e ramificações. Todavia, há uma só Igreja. Quem a vislumbra como um todo vê algo estranhamente animador: há membros da Igreja invisível atuando em todos os arraiais. Há pessoas piedosas, devotadas a Cristo, com todos os seus defeitos, erros de doutrina e diferenças, que estão contribuindo para o crescimento do Reino de Deus.

Por que a evangelização clássica, aquela da visitação a lares e hospitais, dos cultos ao ar livre e do evangelismo pessoal, foi abandonada pelas igrejas?

Bem, não estou ciente de tal abandono. Há ainda muitas igrejas que visitam lares e realizam evangelismo em hospitais ou prisões. Acontece que a comunicação vem sofrendo uma revolução incrível. Talvez, no caso de cultos ao ar livre, eles tenham sido substituídos por novas formas de proclamação. Mas concordo que não há o mesmo zelo por almas perdidas que vi quando jovem. Talvez tenhamos nos tornados frios e sem compaixão pelos que estão se perdendo. É um fato triste e denuncia o esfriamento do nosso amor, inclusive pelo Senhor.

Pode-se dizer que o neopentecostalismo é um movimento de fé genuinamente evangélico?

Antes de tudo, é fundamental aqui definirmos bem os termos evangélico e neopentecostal. Primeiro: o termo neopentecostalismo não é para mim um conceito cronológico, no sentido de um movimento que evoluiu com o passar do tempo a partir do pentecostalismo e que, por isso, configuraria uma nova etapa do pentecostalismo. Nada disso. Quando falo de neopentecostalismo, refiro-me a algo que evoluiu a partir da invasão de valores neoliberais e materialistas na periferia do antigo pentecostalismo. O que resultou dessa mutação é uma espiritualidade formada em função de valores e anseios seculares, mundanos.

O que deu certo e o que deu errado no neopentecostalismo brasileiro?

O que deu errado é que eles acabaram formando valores anticristãos e levam pessoas a segui-los. Nesse caso, expandir esse tipo de fé não é nenhum mérito – na verdade, é um problema. O que deu certo – e eu não diria que “deu certo”, mas que funcionou – para o neopentecostalismo foi atender certos anseios das massas, no que se refere aos desejos dessa geração, e oferecer soluções fáceis, como qualquer profissional de marketing faria. O povo se sente explorado, impotente e vitimado. Assim, a oferta de uma certa ilusão de poder adquirido é tudo o que o povo quer. Por isso, os neopentecostais crescem numa velocidade impressionante.

A fé como produto de consumo, onde a bênção está diretamente ligada à atitude do devoto diante da organização religiosa, é a ênfase na mídia produzida pelos grupos evangélicos, particularmente na TV. É uma maneira legítima de divulgar a fé?

De forma alguma; é antibíblica, pois Deus fica em segundo plano, enquanto o cliente – o necessitado – fica em primeiro. Em vez de pregar submissão a Deus e confiança na sua vontade, que pode até se manifestar por meio de cura ou resposta a oração, vemos o benefício proclamado como o bem principal. Isso é idolatria. Além do que, a televisão em si é um meio comprometido e incapaz de formar conceitos cristãos. A presença de pastores na televisão é equívoco. Um equívoco bem-intencionado, mas ainda assim um equívoco.

A Igreja Cristã Nova Vida é neopentecostal?

Não a considero neopentecostal, como muitos a classificam, pois ela nem de longe compactua com esses valores e anseios. Somos “neo” por termos sido fundados há pouco tempo, em termos históricos, e somos “pentecostais” por crermos na continuidade dos dons manifestados no dia de Pentecostes. Mas não somos neopentecostais, pois rejeitamos essa espiritualidade mundana e todas as suas práticas. Na verdade, as origens da Igreja Cristã Nova Vida se reportam à Rua Azuza, em Los Angeles, em 1906. Meu tio-bisavô, R.E. McAlister, levou a mensagem pentecostal de lá para o Canadá, onde ajudou a fundar as Assembleias de Deus canadenses. Seu sobrinho, Walter – meu avô –, foi superintendente nacional durante os anos 50 e o filho dele, Robert, foi o nosso fundador. Fomos fundados, então, em cima dos firmes alicerces de Azuza e não de movimentos análogos posteriores. Assim, meu pai não “brotou” no Brasil com uma nova teologia inventada; ele deu continuidade à teologia clássica que vinha se desenvolvendo em seu país desde o avivamento de Azuza.

Seu pai, carinhosamente chamado pelos crentes brasileiros de bispo Roberto, teve participação direta na explosão do neopentecostalismo. Diversos líderes dessa corrente – Edir Macedo, fundador da Igreja Universal; Romildo Soares, que deu origem à Igreja da Graça; e Miguel Ângelo, da Cristo Vive – são oriundos da Igreja de Nova Vida e foram seguidores de Roberto. Olhando agora em perspectiva, como o senhor avalia este legado? Acha que o bispo McAlister cometeu equívocos em sua trajetória ministerial?

Todos cometem equívocos. Mas qualquer pessoa com um mínimo de informações não estereotipadas e superficiais sobre o bispo Roberto sabe que não se pode atribuir as práticas neopentecostais negativas aos equívocos do meu pai. Veja que muitos ex-católicos fundaram seminários evangélicos conceituados, mas ninguém aponta o papa como pai desses seminários. Ora, do mesmo modo, é um equívoco apontar meu pai como ligado diretamente a esses movimentos. O fato de a Nova Vida ter sido o lugar onde esses líderes começaram sua jornada cristã não faz de meu pai seu mentor. Basta ler seus livros, como O encontro real, Dinheiro – Um assunto altamente espiritual e Bem-vindo ao Reino de Deus, entre outros, para perceber que, mais de trinta anos atrás, ele já denunciava como negativas as práticas que depois se tornariam tão conhecidas e associadas ao mundo neopentecostal.

Por que a Nova Vida dividiu-se em duas correntes?

Porque houve quem não concordasse com a direção que dei à denominação após a morte de meu pai. Houve ainda quem vislumbrasse outro para sucedê-lo como primaz. Eles estavam no seu direito de achar isso.

Isso não foi resultado da descentralização administrativa, já que cada igreja local recebeu autonomia?

Bem, vamos considerar que ajuntamento de facções não constitui união. Ao darmos independência, cada um pôde escolher pertencer ou não. A união tornou-se muito mais legítima, uma vez que passou a ser uma questão do coração e não de um nome em comum apenas. A Igreja Cristã Nova Vida é uma associação voluntária de igrejas independentes, que afirmam o bispo primaz como o seu pastor. Mas cada pastor opta livremente por seguir minha liderança, que é pastoral em palavra e exemplo. Os líderes que não desejam continuar a andar conosco estão perfeitamente livres para sair, sem perder pensão ou plano de saúde, nem tampouco a sua igreja. A minha atuação, assim como a do Colégio de Bispos, funciona como numa igreja local – só que os nossos membros são ministros ordenados. Nós velamos pelo bem estar de cada pastor, pela ética, pela harmonia doutrinária e pela transparência e a responsabilidade fiscal. Os que desejam andar conosco empenham sua palavra de viver dentro desses parâmetros, afirmados anualmente na assinatura da Aliança das Igrejas Cristãs Nova Vida.

Uma reunificação das diferentes vertentes hoje faria sentido?

Isso não me parece plausível. Uma reunificação teria de passar pelas mesmas questões que nos separaram desde o início. Hoje existem muitas “Novas Vidas”, igrejas que saíram de nós e de algum modo mantêm o, digamos, sobrenome por se reportarem ao bispo Roberto como fundador. Não há planos para reunificá-las. Acho que seria como querer transformar o português, o espanhol e o francês novamente em latim. Muito tempo passou, doutrinas foram reavaliadas, posturas foram firmadas e cada linha de atuação acabou por se distanciar das outras. Embora tenhamos esse mesmo sobrenome, somos igrejas realmente diferentes.

As diferenças entre igrejas tradicionais e pentecostais já não têm a mesma diferença de outros tempos. É como se houvesse uma terceira via teológica, misturando as características dos dois grupos. O senhor acha isso bom ou ruim?

Para responder, é preciso analisar caso a caso. Há igrejas tradicionais que realizam cultos nos moldes neopentecostais. Não creio que isso seja benéfico. Pelo contrario, é um modus operandi esquizofrênico, pois nos cultos tradicionais essas pessoas abraçam as máximas da tradição, mas em determinados momentos abandonam essas máximas para desfrutar de métodos neopentecostais. Por outro lado, há pentecostais que estão se reavaliando. E, consequentemente, buscando trazer do passado práticas e noções bíblicas e benéficas que claramente foram perdidas durante a ruptura entre os tradicionais e os pentecostais, para não falar da ruptura que houve durante a Reforma Protestante. Concordo que houve uma mistura e creio que cada igreja seria muito bem servida pelos seus lideres se voltasse a valorizar suas próprias origens. Afinal, uma tradição não é uma prisão, e sim um lar.

O senhor diz em seu livro que se sente solitário no ministério. Quais os reflexos dessa solidão na vida de um ministro do Evangelho?

Essa solidão nos remete ao silêncio e a uma reavaliação constante de motivações. Ou vivemos perante a face de Deus intencionalmente ou buscamos nos outros a justificação de nosso ministério e nossa vida. O primeiro é um caminho difícil, mas necessário. O segundo é vaidade e correr atrás do vento.

Fonte: http://cristianismohoje.com.br/

A pior tristeza

Não ter uma lágrima para ocultar;
ou um alguém para conversar;
ou um jeito de soluçar.

Não ter uma agonia para estancar;
ou um grito para soltar;
ou um jeito de amargar.

Não conseguir gritar, vem me ajudar;
ou um ombro para apoiar,
ou um jeito de amuar.

Não saber soletrar o verbo esperançar;
ou um canto para cantarolar,
ou um jeito de continuar.



Soli Deo Gloria.
Ricardo Gondim.

O meu delírio

Imagine a terra sem doença
a cidade sem aborto e,
a mulher fecunda sem a
a morte estúpida da criança.

Imagine o reino sem injustiça,
a comunidade sem preconceito,
homens sem rancores e prados sem
os soluços de quem apodrece feito carniça.

Imagine regatos a sorrir
o tigre sem caçadores a descansar .
oceanos sem sacos a poluir e
sem o lamento da terra pra se ouvir.

Imagine santuários sem medo de Deus
cheios de santos com olhar singelo
satisfeitos em abraçar os seus
e a fazer da paz um anelo.

Soli Deo Gloria
Ricardo Gondim