A ponta do iceberg

O brutal assassinato da advogada Mércia Nakashima e o desaparecimento e provável execução da modelo Eliza Samudio, amplamente noticiados, chocam a sociedade. No entanto, esses dois funestos episódios possuem algo em comum: são apenas a ponta do iceberg no problema da violência contra a mulher.

No Mapa da Violência 2010, feito pelo Instituto Sangari, tomamos conhecimento de que a cada duas horas uma mulher é morta no Brasil. Constatamos ainda que a maioria das vítimas é assassinada por maridos, namorados, ex-companheiros e por homens que sofreram por parte delas rejeição. Outro dado chama atenção: 40% dessas mulheres têm entre 18 e 30 anos.

No âmbito nacional, a exemplo das próprias delegacias da mulher, podemos notar avanços no combate a tamanha violência. Contudo, é fundamental percebermos que a raiz desse mal está também na ausência de uma educação voltada a, desde a tenra idade, valorizar o Ser Humano e seu Espírito eterno, independentemente de etnia, posição social ou sexo. Opinião esta compartilhada por Sandra Albuquerque Fernandez, socióloga brasileira radicada nos Estados Unidos, que afirma em seu artigo "Lágrimas no silêncio":"A problemática da violência contra a mulher está além da questão moralizadora; é o reflexo da falta de reeducação espiritualizada das massas. Culpa de quem? De todos nós, sociedade, quando não reivindicamos ou, simplesmente, fechamos os olhos perante os deveres e direitos de cada cidadão: homem, mulher, criança, bebê, feto; ou, então, nos esquecemos de proteger nossa flora e fauna".

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